O segundo ano de The Last of Us trouxe uma das mortes mais marcantes da televisão recente. O destino de Joel, selado de forma violenta no segundo episódio, continua sendo assunto mesmo às vésperas do encerramento da temporada. A decisão, embora chocante para aqueles que não jogaram o game, foi cuidadosamente pensada desde os primeiros estágios do projeto.
Em entrevista à Rolling Stone, Neil Druckmann, criador do jogo original e corroteirista da adaptação, detalhou o raciocínio por trás da escolha de matar Joel tão cedo e por que, segundo ele, essa perda é essencial para o desenvolvimento da história de Ellie.
Segundo Druckmann, todas as possibilidades foram discutidas. Houve, sim, uma conversa sobre manter Joel vivo por mais tempo, mas logo ficou claro que, para a história funcionar, a morte precisava acontecer cedo.
“O incidente que motiva toda a jornada da Ellie é a morte de Joel. Esse é o gatilho. E você precisa chegar a ele o quanto antes“, explicou. Para os criadores, prolongar a vida do personagem não faria sentido narrativo. Seria apenas uma estratégia para manter o favoritismo do público por mais tempo, e isso, segundo Druckmann, seria desonesto com a proposta da trama.
Ao optar por não matar Joel mais adiante, os criadores evitaram que o drama se tornasse previsível ou artificial. O impacto precisava vir cedo, para que a série tivesse tempo de lidar com suas consequências. Na visão do criador, a história de Joel e Ellie já estava completa. Os flashbacks inseridos na temporada servem como epílogo emocional, fechando o ciclo de maneira singela.
O episódio “The Price”, o penúltimo da segunda temporada, marca o último ato de Pedro Pascal na pele de Joel, mas as gravações dessas cenas aconteceram bem depois da morte do personagem na linha do tempo principal.