Novo filme do Superman conserta maior problema do  super-herói - e isso é um grande erro

Desde que James Gunn assumiu o comando do novo universo cinematográfico da DC, a promessa tem sido de resgatar o espírito leve e esperançoso dos quadrinhos. A ideia de tornar o Superman mais acessível, menos sério e mais heróico aos olhos do público geral tem guiado todas as revelações sobre o projeto.  No entanto, é justamente isso que pode afastar o público.

Ao tentar consertar o que foi considerado por muitos como o “erro” de Zack Snyder, Gunn pode estar eliminando justamente o elemento que tornou o Superman tão relevante nos últimos filmes. O herói de Henry Cavill dividiu opiniões.  Ao fugir da imagem esperançosa do herói, a versão apresentada em O Homem de Aço ganhou profundidade e se destacou entre tantas outras já existentes.

Agora, com o novo longa estrelado por David Corenswet, o herói parece retornar à imagem clássica dos gibis, deixando de lado o dilema que antes definia sua existência. 

O grande diferencial do Superman de Zack Snyder foi tratar o personagem como um homem lidando com um fardo que não escolheu carregar.  Em vez de simplesmente se tornar um herói porque era “o certo a fazer”, Clark Kent cresceu sob o peso de expectativas conflitantes de seus dois pais: Jonathan Kent e Jor-El.  

A coragem de Snyder ao reformular o mito

Jonathan temia o que o mundo faria com um ser como Clark. Jor-El acreditava que seu filho poderia inspirar a humanidade.  Essas duas visões moldaram um protagonista em constante conflito, o que abriu espaço para que o público se conectasse com ele de forma muito mais profunda. 

Ao inserir peso emocional e dilemas reais em uma figura quase divina, Snyder humanizou o super-herói.  No entanto, sua versão se aproxima muito mais do que seria considerado um universo Ultimate, entregando uma versão bem distante dos quadrinhos. 

A versão de Gunn não esconde que busca se afastar dessa abordagem sombria. Desde os primeiros materiais divulgados, o clima é mais colorido, descontraído e repleto de cenas que remetem à inocência dos quadrinhos das décadas passadas.

Gunn troca profundidade por leveza

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