Este artigo contém spoilers da 3ª temporada de Invencível. Três temporadas depois, Invencível se consolidou como uma das melhores séries da atualidade. Visualmente impressionante, recheada de uma dublagem estrelada e com uma escrita afiada, a produção da Prime Video prova que narrativa forte é mais importante do que apenas grandes efeitos especiais.
Enquanto isso, o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) continua enfrentando dificuldades para manter seu público engajado. O final da terceira temporada de Invencível é uma aula de como equilibrar emoção, ação e desenvolvimento de personagens, algo que o MCU vem perdendo.
O desfecho da terceira temporada foi um verdadeiro choque. Depois de um desenvolvimento focado na construção de personagens como Oliver, Eve Atômica, Cecil e o próprio Mark, os últimos episódios trouxeram o caos com a Guerra dos Invencíveis. Angstrom Levy retorna e desencadeia uma invasão brutal de versões malignas de Mark pelo multiverso.
Se isso já não fosse suficiente, a chegada de Conquista (Conquest) eleva ainda mais o nível de perigo. O resultado? Um final de temporada devastador, com um peso emocional que poucas produções conseguem replicar. O diferencial de Invencível é claro: a ação é sempre guiada pelo desenvolvimento dos personagens, e não o contrário. Diferente do MCU, onde muitas vezes o apelo visual e as cenas de luta acabam engolindo o arco emocional dos protagonistas, Invencível faz com que cada batalha tenha significado
O sucesso de Invencível não é apenas uma questão de violência ou estilo de animação. Aqui estão alguns pontos que mostram como a série supera a Marvel em diversos aspectos.
Apesar de todo o exagero dos poderes, figurinos coloridos e elementos de ficção científica, Invencível nunca perde de vista o que realmente importa: seus personagens. Omni-Man é um vilão fascinante porque sua luta interna move a história. Mark cresce a cada temporada, tanto como herói quanto como ser humano, enfrentando seus medos e desafios. Isso torna o impacto das cenas de ação muito mais forte.
O MCU, por outro lado, perdeu o fio condutor. Durante a Saga do Infinito, a história era centrada em personagens como Tony Stark, cujo arco foi cuidadosamente construído até seu sacrifício final. Hoje, o universo da Marvel parece disperso, sem uma direção clara. Filmes como Capitão América: Admirável Mundo Novo podem ter bons atores, mas carecem de uma história envolvente.