Ao longo dos anos, Yellowstone se consolidou como uma das principais séries do gênero faroeste moderno. Contudo, à medida que as temporadas avançaram, a trama foi se afastando de algumas de suas premissas iniciais, levantando críticas sobre a direção da narrativa.
A franquia criada por Taylor Sheridan sempre teve como um de seus pilares a temática da luta dos povos nativos americanos por espaço e reconhecimento. Apesar disso, Yellowstone falhou em explorar essa questão de maneira significativa, deixando personagens como Thomas Rainwater em segundo plano.
Thomas Rainwater, interpretado por Gil Birmingham, foi introduzido em Yellowstone como um líder influente da Reserva Broken Rock, com potencial para desafiar diretamente os Dutton. No entanto, ao longo das temporadas, sua história perdeu força, sendo ofuscada por outras tramas.
A falta de comprometimento em desenvolver esse arco gerou insatisfação entre os espectadores. O potencial desperdiçado de Rainwater evidenciou a inclinação da série em priorizar exclusivamente os conflitos internos dos Dutton, deixando de lado outras narrativas que poderiam agregar maior profundidade.
1923, no entanto, adota uma abordagem diferente. O prequel coloca em foco personagens indígenas e suas trajetórias, explorando de forma mais detalhada suas lutas. A história de Teonna Rainwater é um exemplo claro dessa mudança.
A trama de Teonna Rainwater acompanha sua fuga de um colégio interno administrado por religiosos, onde sofreu abusos e violências. Sua jornada é brutal, mas bem estruturada, com um início, meio e fim claros dentro da narrativa da série. Ao lado de personagens como Runs His Horse e Pete Plenty Clouds, Teonna é perseguida por autoridades preconceituosas, evidenciando a dura realidade dos povos nativos nos Estados Unidos do início do século XX.