Durante muito tempo, a imagem da família perfeita foi associada a cenas como as de comerciais de margarina: casa impecável, refeições em família e sorrisos fáceis. Mas basta um pequeno ruído para desestabilizar essa ilusão. Quando algo não está no lugar, mesmo que de forma quase imperceptível, tudo pode ruir ao menor sinal de instabilidade. E é justamente isso que acontece na família perfeita de Holland, novo suspense do Prime Video estrelado por Nicole Kidman.
Com direção de Mimi Cave, o filme apresenta uma narrativa que se inicia de forma serena, quase idílica, aparentando ser um romance, para depois mergulhar em um clima sombrio e desconcertante. Ambientado na cidade que dá nome ao filme, em Michigan, conhecida por suas tulipas e forte tradição holandesa, o longa acompanha a rotina de uma comunidade marcada por uma aparente tranquilidade.
A rotina impecável de Nancy é posta em xeque quando ela começa a desconfiar que há algo estranho em sua vida e em seu casamento. Ao se aproximar de Dave (Gael García Bernal), um novo professor da escola local, os dois começam a investigar sinais de que algo pode estar errado em suas vidas e na comunidade onde vivem. A partir dessa busca, surgem pistas que conduzem a descobertas inesperadas.
Um dos primeiros sinais de ruptura na rotina da família acontece quando o filho do casal se envolve em uma discussão com a mãe durante o jantar. A forma como a família lida com a situação revela aspectos mais profundos da dinâmica entre eles. Fred tenta contornar o conflito mostrando ao filho sua detalhada maquete da cidade, um projeto pessoal que retrata em miniatura a vida organizada que todos tentam manter.
Nancy passa a suspeitar que há algo escondido sob a aparência de normalidade. As conversas com Dave se tornam cada vez mais frequentes, e sua relação com o novo colega ganha importância dentro da trama. Em paralelo, ela começa a ter sonhos perturbadores que refletem suas inseguranças e dúvidas.