A guerra entre os reinos da terra e do mar nunca foi tão iminente. No novo filme animado da Netflix, The Witcher: Sereias das Profundezas, os fãs do universo de The Witcher são transportados para um conflito épico, onde Geralt de Rívia, o bruxo mais icônico da fantasia, se vê em meio a um drama envolvendo seres de terras e águas distantes. O filme, que chegou hoje (11) ao catálogo da Netflix, explora uma história que mistura mistério, romance proibido e a necessidade urgente de evitar uma guerra total.
A produção é ambientada no mesmo universo que cativou milhares de fãs, mas desta vez, ela adota uma nova abordagem: a animação adulta. Inspirado no conto Um Pequeno Sacrifício, do livro A Espada do Destino, o filme se distancia das aventuras mais conhecidas da série para explorar um lado sombrio e profundo do mundo de Geralt. Nele, marinheiros humanos são atacados por misteriosas criaturas do mar, e apenas o bruxo pode evitar o confronto entre os dois mundos, que ameaça engolir tudo em seu caminho.
A trama do filme é centrada em um romance proibido entre o príncipe humano Agloval e a sereia Sh’eenaz, personagens que, em sua essência, representam os dois lados de um conflito milenar. Enquanto os humanos da cidade costeira temem os monstros do mar, as sereias são desconfiadas das intenções humanas, e esse embate de culturas pode ser o estopim para algo muito maior.
Geralt se vê, assim, não apenas como um caçador de monstros, mas também como um mediador de um conflito que parece não ter solução. A narrativa toca em temas profundos, como o preconceito e o amor proibido, abordando com delicadeza os dilemas morais que permeiam as ações de cada personagem. Além disso, o filme também dedica espaço para o crescimento de personagens secundários, como Essi Daven, que oferece apoio a Geralt em sua missão.
Com a adição de Doug Cockle como a voz de Geralt, o filme traz um toque especial aos fãs dos jogos de The Witcher. O ator, que já deu vida ao personagem em The Witcher 3, empresta novamente sua voz ao bruxo, mantendo a conexão com a versão dos games e trazendo um Geralt que, por um lado, é o mesmo de sempre, e, por outro, está mais envolvido emocionalmente, sendo forçado a lidar com questões que vão além da simples caça a monstros.
A adaptação animada era uma das mais aguardadas de 2025, principalmente para aqueles que buscam uma visão mais madura e introspectiva do universo The Witcher. A colaboração entre o Studio Mir, Platige Image e a Hivemind resultou em uma produção visualmente impressionante, capaz de dar vida ao mundo rico e detalhado criado por Andrzej Sapkowski.
A direção de Kang Hei Chul, juntamente com os roteiros de Mike Ostrowski e Rae Benjamin, traz uma dinâmica nova e emocionante para uma história que, embora já conhecida pelos fãs de longa data, promete ser reinterpretada de forma única e cativante. Ao lado de Geralt, o bardo Jaskier, interpretado por Joey Batey, também retorna, oferecendo o alívio cômico característico que equilibra as pesadas tensões da história. Jaskier sempre foi a voz da leveza e da ironia em meio ao caos, e sua presença é, mais uma vez, essencial para a jornada de Geralt.