Considerada por muitos fãs como a melhor série do universo Star Wars, Andor chega à sua segunda e última temporada. Diego Luna retorna para sua despedida no papel de Cassian Andor, no spin-off de Rogue One: Uma História Star Wars, que estreia hoje, 22 de abril, no Disney+. Mas enquanto nos preparamos para o adeus desse personagem marcante. È o momento ideal para olharmos para trás e relembrarmos algumas produções televisivas da galáxia muito, muito distante criada por George Lucas.
Durante anos, sob a direção de Lucas e nos primeiros passos da era Disney, o foco esteve voltado principalmente para animações. No entanto, desde 2019, com a integração mais profunda da Lucasfilm à família Disney, testemunhamos o surgimento de diversas séries em live-action que, em muitos casos, alcançaram um nível de qualidade cinematográfica comparável ao dos longas-metragens.
Nem mesmo o impressionante estilo de animação com sombreamento em cel shading foi capaz de salvar Star Wars Resistance de se tornar uma nota de rodapé quase esquecida no vasto universo da franquia. Pode-se argumentar que esta série, produzida por Dave Filoni, foi concebida com um público muito mais jovem em mente do que The Clone Wars ou Rebels — e, de fato, é bem menos ambiciosa. No entanto, isso não a transforma automaticamente em uma aventura infantil envolvente.
Você provavelmente esperava ver o tão aguardado retorno em live-action de Obi-Wan e Anakin ocupando uma posição mais alta nesta lista. E nós também. A empolgação inicial era enorme — afinal, Ewan McGregor e Hayden Christensen estavam de volta em seus papéis icônicos. Mas o entusiasmo logo deu lugar à decepção com uma série limitada que, na melhor das hipóteses, serviu como um acompanhamento morno de A Vingança dos Sith — e, na pior, como uma produção surpreendentemente desleixada e barata da Lucasfilm em seus momentos mais frágeis.
Star Wars – Aventuras dos Jovens Jedi é uma série animada desenvolvida para o Disney+ e também para o canal Disney Junior, claramente voltada ao público infantil — os futuros fãs de Star Wars. Nesse aspecto, trata-se de um sucesso inegável para a Disney e a Lucasfilm, atingindo com eficiência sua audiência-alvo. No entanto, como primeira incursão audiovisual na era da Alta República, a série decepciona por seu escopo limitado — e isso vai além de questões de tom ou faixa etária. Também fica a pergunta: por que não optar por uma abordagem visual mais próxima ao estilo de The Clone Wars, Rebels ou The Bad Batch?
A segunda série live-action de Star Wars já nasceu à sombra de The Mandalorian — e isso foi intencional. Após sua introdução explosiva na segunda temporada da aclamada produção de Jon Favreau e Dave Filoni, O Livro de Boba Fett retornou com uma jornada inesperadamente introspectiva, tentando se reinventar como um “homem do povo” e reconstruir Tatooine. Foi uma mudança de tom bem-vinda para um personagem tradicionalmente raso, mas a execução acabou sendo, no mínimo, confusa.
Enquanto muitos defendem que Star Wars precisa romper de vez com a nostalgia para sobreviver e evoluir, Skeleton Crew nos lembra que há espaço para abordagens mais sutis e inteligentes dessa saudade. A camada ‘meta’ de nostalgia introduzida por Jon Watts e Christopher Ford funcionou como um comentário sensível sobre o universo da franquia — e sobre como ele pode ser percebido por novos fãs e crianças que herdam essa galáxia de gerações anteriores que ainda sonham com as glórias do passado.