Quando o mundo simplesmente apaga, o que realmente permanece? Essa é a pergunta que ecoa em cada cena de Só a Terra Permanece (Earth Abides), uma minissérie que chegou discretamente ao Prime Video, mas que oferece uma narrativa profunda e reflexiva sobre a resiliência humana e a reconstrução da sociedade.
Com apenas seis episódios, a série da MGM+, entrega mais do que destruição: oferece um mergulho profundo na alma humana, embalado por atuações poderosas e uma ambientação que prende do início ao fim. O protagonista não é qualquer um. Alexander Ludwig, o eterno Bjorn Ironside de Vikings, encara aqui um dos papéis mais desafiadores da carreira e, segundo ele mesmo, o mais intenso até agora.
Baseada no romance homônimo de 1949, escrito por George R. Stewart, Só a Terra Permanece apresenta a história de Isherwood “Ish” Williams, um geólogo que, após sobreviver a uma picada de cobra e entrar em coma, desperta para encontrar a humanidade quase extinta devido a uma pandemia avassaladora.
A série, apesar de ter uma premissa bem Enquanto percorre cidades desertas, Ish enfrenta a solidão e a busca por outros sobreviventes, questionando o futuro da civilização. A série aborda temas como isolamento, reconstrução e o papel da coletividade em tempos extremos, ressoando de forma surpreendentemente atual.
Se você já achava Alexander Ludwig bom em Vikings, prepare-se para ver uma performance ainda mais visceral. Aqui ele abandona o papel de guerreiro viking para viver um homem solitário, vulnerável, mas incrivelmente determinado. Segundo o próprio ator, esse foi “o trabalho mais difícil que já fiz”, exigindo entrega emocional total em cenas intensas de desespero, esperança e conexão.
O que chama atenção é a evolução do personagem Ish ao longo da trama. Ele começa como um homem racional e analítico, típico cientista que prefere observar do que agir. Mas à medida que encontra outros sobreviventes e precisa tomar decisões que afetam o futuro da humanidade, o geólogo se transforma e nos faz refletir junto com ele.