O que você faria se seu filho de 13 anos fosse acusado de assassinato? Essa é a pergunta que move Adolescência, a nova minissérie da Netflix que promete deixar os espectadores sem fôlego desde os primeiros minutos. Com uma abordagem realista e uma técnica cinematográfica ousada, a produção desafia as convenções ao apresentar uma narrativa em um único plano-sequência, sem cortes aparentes, ampliando a tensão e a imersão do público.
A história gira em torno de Jamie Miller, um adolescente que se torna o principal suspeito do assassinato de uma colega de escola. Ao longo da trama, acompanhamos sua família, que se vê no meio de um turbilhão emocional e legal enquanto tenta entender os fatos e lidar com as conseqüências da investigação. Com uma narrativa intensa e uma direção precisa, a série mergulha na complexidade do sistema judicial e nas emoções de uma família em crise.
Diferente de outras produções do gênero, Adolescência se destaca pela escolha de filmar todos os seus episódios em um único plano-sequência. Isso significa que cada episódio é gravado do começo ao fim sem cortes aparentes, criando uma sensação claustrofóbica e realista. É como se estivéssemos ao lado dos personagens, presenciando os desdobramentos em tempo real.
Esse formato de filmagem, já utilizado em filmes como 1917 e Birdman, é um desafio tanto para os atores quanto para a direção. Stephen Graham, um dos criadores da série, garantiu que o resultado é um plano-sequência verdadeiro, sem truques de edição para simular a continuidade.
Com apenas quatro episódios, variando entre 40 e 60 minutos, Adolescência é uma minissérie compacta, mas intensa. O formato enxuto contribui para manter o ritmo acelerado da narrativa, sem espaço para enrolações. Descrita como uma das melhores produções de 2025 até agora, a série tem sido amplamente elogiada pela crítica, que destaca sua originalidade.
A trama de Adolescência se desenrola quando Jamie Miller é levado para a delegacia para prestar depoimento sobre a morte de uma colega de escola. O jovem e seus pais, Eddie e Manda Miller, precisam lidar com a pressão da investigação e com a incerteza sobre a verdade.
Ao mesmo tempo, a psicóloga Briony Ariston é designada para avaliar o garoto, tentando compreender se ele é culpado ou apenas um jovem assustado diante de uma situação extrema. A série também coloca em debate temas sociais importantes, como a violência juvenil e o impacto de crimes cometidos por menores de idade. Graham revelou que a ideia surgiu após ler sobre casos reais de adolescentes envolvidos em assassinatos, levando-o a questionar o que poderia estar por trás dessas tragédias.