Lucifer é uma das séries mais populares da Netflix. Após ser cancelada pela Fox, a produção ganhou uma nova chance na plataforma e lançou uma ótima quarta temporada com grandes desenvolvimentos na trama.
Recentemente, a Netflix deixou fãs ansiosos a estreia da primeira parte da quinta temporada de Lucifer, que chegou em 21 de agosto. A plataforma aumentou ainda mais a expectativa com a renovação da série para mais uma leva de episódios.
Originalmente, a série terminaria na quinta temporada, mas a Netflix firmou um novo contrato com Tom Ellis e garantiu mais um ano.
Embora os primeiros episódios da quinta temporada de Lucifer tenham sido bem recebidos pelos fãs, um aspecto em especial desagradou alguns espectadores.
Confira abaixo!
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Representatividade
Embora tenha mostrado alguns personagens LGBTQs em sua trama, Lucifer peca na maneira como apresenta a diversidade sexual e de gênero em seu enredo. O fato de uma série mostrar, por exemplo, um personagem bissexual, não significa que essa representação é correta ou adequada.
De acordo com o Digital Spy, Lucifer e Maze se destacam como os personagens bissexuais da série, mesmo com o protagonista nunca se identificando exatamente com essa orientação sexual.
Infelizmente, os dois personagens representam vários clichês considerados prejudiciais e preconceituosos pela comunidade queer. Tanto o protagonista quando Maze não têm moralidades convencionais, e frequentemente usam o sexo para manipular os outros, ao invés de criarem conexões genuínas.
Isso se relaciona com o estereótipo de que bissexuais são viciados em sexo e não conseguem criar relação profundas com outras pessoas.
Outro problema de Lucifer é que os personagens queers sempre são associados a estereótipos negativos, o que reforça as dificuldades que a comunidade LGBTQ sofre na vida real.
Na série da Netflix, os personagens queers sempre são suspeitos de assassinato, vítimas ou demônios, nunca policiais ou advogados.
Na terceira temporada de Lucifer, o episódio “Till Death Do Us Part” poderia ter resolvido esse problema, mas na realidade, não foi isso que aconteceu.
No episódio em questão, Lucifer e Caim fingem ser um casal gay para investigar um assassino em uma vizinhança de luxo. Quando os dois personagens são forçados a se beijar, a cena assume um tom cômico, e além disso, as piadas do episódio foram repletas de clichês sobre homens homossexuais.
Agora, na quinta temporada, Lucifer é “libertado” de suas tendências queers ao assumir de uma vez por todas o romance com Chloe Decker, uma relação heteronormativa.
Para a próxima temporada, fãs querem ver Lucifer realmente abraçar a comunidade LGBTQ, seja por suas próprias relações ou pela trama de Maze.
A primeira parte da quinta temporada de Lucifer está disponível na Netflix.