A série de ação Reacher, do Prime Video, têm se destacado nos últimos anos por entregare tramas envolventes e personagens carismáticos. No entanto, um padrão tem se repetido apesar do sucesso da série. Com a estreia da terceira temporada, essa abordagem familiar aos espectadores se confirma, levantando questionamentos sobre a necessidade de uma mudança na quarta temporada.
A produção é conhecida por sua fidelidade aos livros de Lee Child e pelo protagonista que resolve problemas com brutalidade e inteligência. O formato funcionou bem até aqui, mas a previsibilidade pode se tornar um problema no futuro. A 3ª temporada segue a mesma estrutura das anteriores, o que pode indicar que está na hora de a franquia adotar um novo caminho para manter o público engajado.
A repetição do ciclo de vingança
A história de Reacher tem se baseado em um padrão recorrente: ele chega a um lugar novo, descobre uma conspiração criminosa e embarca em uma jornada de vingança. Isso aconteceu na primeira temporada, quando ele foi preso injustamente e depois descobriu que seu irmão havia sido assassinado. A resposta, nesse caso, não poderia ser outra: Reacher perseguiu os responsáveis e os eliminou sem piedade.
O segundo ano seguiu o mesmo modelo. Reacher reencontrou antigos membros de sua unidade militar e, juntos, buscaram justiça pela morte de dois colegas. Mais uma vez, a trama girou em torno de uma busca por vingança que culminou em uma resolução sangrenta. Embora tenha sido bem recebida, a repetição do formato começou a chamar atenção.
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Agora, a terceira temporada, adaptação do livro Persuader, traz mais uma história de acerto de contas. Reacher é recrutado pela DEA para se infiltrar em uma empresa que esconde um esquema de tráfico de drogas. No centro da trama, está mais uma motivação pessoal: ele quer pegar o homem que matou antigos colegas. A estrutura, mais uma vez, segue o padrão estabelecido.
Como a 4ª temporada pode renovar a franquia?
Para evitar o cansaço do público, a quarta temporada precisa apresentar uma história que rompa esse ciclo de vingança. Uma opção seria adaptar Die Trying, que coloca Reacher em uma situação completamente diferente. No livro, ele ajuda uma mulher ferida, apenas para ser sequestrado junto com ela. O mistério sobre o que está acontecendo dá um tom de suspense à narrativa, algo pouco explorado na série até agora.
Outra alternativa seria Blue Moon, onde Reacher se envolve em um conflito entre gangues após impedir um assalto. Aqui, não há um passado traumático ou uma busca por vingança, apenas a intenção de fazer o certo diante de uma situação perigosa. Essa mudança de abordagem poderia trazer um frescor necessário para a série, que começa a soar repetitiva.
Manter-se fiel ao material original é importante, mas a seleção das histórias a serem adaptadas pode determinar a longevidade da série. Se a próxima temporada insistir na mesma estrutura narrativa, há o risco de a fórmula se esgotar e o interesse do público diminuir. Um novo caminho pode garantir que Reacher continue sendo um dos maiores sucessos do Prime Video e, com tantos livros e histórias variadas, cabe apenas a produção da série fazer boas escolhas.
