
Após o sucesso da primeira temporada, Dexter: Ressurreição foi oficialmente renovada pela Showtime e pelo Paramount+ no início de outubro. A nova fase promete expandir o universo do serial killer mais complexo da televisão, com uma trama que deve aprofundar as consequências diretas dos eventos do último episódio e trazer um Dexter ainda mais atormentado e vulnerável.

A nova fase de uma velha obsessão
A 1ª temporada marcou o retorno de Michael C. Hall ao papel que o consagrou, situando Dexter Morgan em Nova York após anos fugindo de seu passado. O desfecho, que o colocou novamente em rota de colisão com seu código moral — e com figuras que o reconhecem — deixou o terreno pronto para um segundo ano de tensão crescente.
O criador da série, Clyde Phillips, confirmou que a continuação já está em desenvolvimento, com a sala de roteiristas iniciando os trabalhos em outubro de 2025 e as filmagens previstas para o verão americano de 2026.
A previsão mais realista é que a nova temporada estreie entre o fim de 2026 e o início de 2027, dependendo do cronograma de produção.
O que a trama deve explorar
O final da 1ª temporada de Dexter: Ressurreição deixou uma série de pontas soltas. O “New York Ripper”, assassino introduzido na temporada anterior, pode voltar como uma presença ameaçadora, e a relação de Dexter com seu filho Harrison — sempre marcada por culpa e ambiguidade — deve voltar a ser central.
Fontes ligadas à produção sugerem que a série retomará o formato clássico das temporadas originais, com um grande antagonista conduzindo o arco principal e casos menores em episódios individuais, equilibrando drama psicológico e suspense policial.

Mais humana, mais sombria
Dexter: Ressurreição se diferenciou desde o início por apostar em uma ambientação urbana e fria, deixando para trás a atmosfera ensolarada de Miami. Na 2ª temporada, esse contraste deve se intensificar. Nova York continuará sendo o palco principal, com a cidade funcionando quase como um espelho da mente fragmentada do protagonista — suja, imprevisível e cercada por ameaças.
Clyde Phillips já adiantou que o novo ano mergulhará ainda mais nas contradições morais de Dexter, apresentando desafios não apenas físicos, mas também emocionais. A série deve reforçar o conflito entre o homem e o monstro, colocando o protagonista diante das consequências irreversíveis de seus crimes e da herança psicológica que deixou para Harrison.
Elenco e possíveis retornos
Michael C. Hall vai continuar liderando o elenco, com forte chance de retorno de Jack Alcott como Harrison Morgan. Já Peter Dinklage, morto por Dexter no final do primeiro ano, pode reaparecer em flashbacks ou como peça-chave do enredo.
Além dos veteranos, novos nomes devem ser adicionados ao elenco para dar fôlego à narrativa — entre eles, possíveis investigadores, jornalistas e rivais que ameacem revelar o segredo de Dexter.

O desafio de manter o equilíbrio
Apesar da empolgação dos fãs, a produção enfrenta desafios. O principal é evitar repetir fórmulas conhecidas demais e, ao mesmo tempo, não se afastar do que tornou Dexter icônico: o olhar íntimo e perturbador sobre um assassino que tenta se justificar por meio de um “código”. O equilíbrio entre introspecção e suspense será essencial para manter a qualidade narrativa e satisfazer o público mais exigente.
Outro ponto de atenção será o ritmo. A 1ª temporada de Dexter: Ressurreição foi elogiada por sua tensão constante, mas criticada por resolver certos arcos de forma apressada. A expectativa é que a segunda parte tenha um desenvolvimento mais cadenciado, com foco na construção psicológica dos personagens e em reviravoltas mais orgânicas.
Dexter: Ressurreição está disponível no Paramount+.