Victoria Beckham é um dos nomes mais conhecidos da cultura pop, mas por trás da imagem impecável da ex-Spice Girl existe uma trajetória marcada por inseguranças, sacrifícios e reinvenção. O novo documentário da Netflix, Victoria Beckham, mergulha na vida pessoal e profissional da estilista, mostrando o que ela nunca havia revelado publicamente.
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Ao longo da série, Victoria fala sobre distúrbios alimentares, dificuldades financeiras, crises conjugais e os bastidores de sua carreira na moda — revelações que ajudam a humanizar uma figura frequentemente vista apenas pelo glamour.
A seguir, reunimos as principais revelações da série e o que elas dizem sobre a mulher por trás do ícone.
Transtorno alimentar e a pressão estética
Um dos momentos mais comoventes da série é quando Victoria admite ter vivido anos controlando o peso de forma “extremamente insalubre”. Ela relata dietas rigorosas, medo constante de engordar e o impacto psicológico que isso teve em sua vida. O tema, antes apenas sugerido pela imprensa, é tratado com franqueza e vulnerabilidade.
Victoria também comenta como os apelidos dados pela mídia, como “Porky Posh” e “Skinny Posh”, afetaram sua autoestima e moldaram o comportamento reservado que ela adota até hoje.
A quase falência da marca de moda
Outro ponto surpreendente é a confissão de que a grife Victoria Beckham quase faliu. A estilista e o marido, David Beckham, investiram milhões de libras para manter o negócio ativo. Ela admite que detestava discutir dinheiro com o marido, mas sabia que o peso financeiro do projeto recaía sobre ambos.
A série mostra os bastidores de um império que parecia estável, mas que enfrentou crises, desperdícios e dúvidas do próprio mercado de luxo sobre sua viabilidade.
A busca por respeito no mundo da moda
Victoria também revela como foi difícil conquistar credibilidade como designer. Ela lembra o preconceito inicial de figuras influentes, como Anna Wintour, que viam sua entrada na moda como um capricho de celebridade.
Ao longo da série da Netflix, acompanhamos a transformação da ex-cantora em uma profissional séria e dedicada, enfrentando críticas, aprendendo com erros e se consolidando em desfiles marcantes, como o de Paris em 2024, que simbolizou o ápice de sua jornada criativa.
Crises pessoais e familiares
O documentário da Netflix também mostra um lado íntimo da relação entre Victoria e David Beckham. Ela fala sobre os momentos em que o casal enfrentou distâncias físicas e emocionais, especialmente durante os anos em que viveram na Espanha, quando David jogava no Real Madrid.
Victoria conta que, naquele período, sentiu necessidade de manter-se relevante publicamente para não ser “esquecida” pela mídia. Foi também nessa fase que ela decidiu repensar sua imagem: em um retiro na Alemanha, abandonou o estilo chamativo das WAGs e adotou uma estética mais minimalista e elegante.
A relação entre imagem e identidade
Entre desfiles, entrevistas e lembranças, Victoria reflete sobre o dilema entre ser uma figura pública e manter a própria essência. Ela confessa que durante muito tempo acreditou não ter valor além do que diziam os tabloides, e que construir sua marca foi uma forma de recuperar o controle sobre sua narrativa.
O documentário da Netflix mostra que o rosto sério que o público conhece não é frieza, mas uma forma de proteção. “Eu sorrio por dentro”, diz ela, explicando que aprendeu a se preservar em um ambiente que nem sempre perdoa mulheres ambiciosas.
Conclusão
A série Victoria Beckham vai além do retrato de uma celebridade revisitando o passado. É uma reflexão sobre fama, perfeição e reinvenção. As revelações que Victoria faz — sobre corpo, carreira e família — desmontam o mito da mulher inabalável e mostram alguém que, apesar de todas as conquistas, ainda busca equilíbrio entre sucesso e vulnerabilidade.
Mais do que um relato de bastidores, o documentário se torna um espelho de como o mundo mudou — e de como Victoria Beckham precisou se reinventar para continuar sendo ouvida.
