Trocar um ator icônico nunca é tarefa fácil, e a equipe por trás de The Witcher descobriu isso da pior maneira. Desde que Henry Cavill deixou a série para se dedicar a novos projetos, a produção vem enfrentando o desafio de manter o mesmo impacto e carisma, algo que, segundo a maioria dos fãs e críticos, a quarta temporada não conseguiu alcançar.
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O principal problema é evidente. Com duas temporadas ainda por vir, a Netflix decidiu substituir Cavill por Liam Hemsworth no papel de Geralt de Rívia. Embora o ator australiano tenha carisma próprio e seja lembrado com carinho por seu papel como Gale em Jogos Vorazes, sua versão do bruxo carece do magnetismo natural de Cavill. Apesar do esforço e do talento, Hemsworth não conseguiu reproduzir a presença física e a intensidade emocional que marcaram o personagem.
A ausência do antigo protagonista deixou uma lacuna difícil de preencher, tanto no tom da série quanto na conexão com o público.
Separação dos protagonistas enfraquece a trama
Os episódios também sofrem com a falta de interação entre o trio central. Ciri (Freya Allan), Yennefer (Anya Chalotra) e Geralt passam boa parte da temporada separados, cada um seguindo sua própria jornada. A tão esperada reunião dos três só ocorre nos capítulos finais, uma recompensa tardia para quem conseguiu manter o interesse até lá.
A dinâmica que antes sustentava o coração emocional de The Witcher se perde em subtramas paralelas e longos períodos de ausência dos personagens favoritos. Muitos espectadores, cansados do ritmo arrastado, desistiram antes do reencontro.
Fãs reagem negativamente nas redes sociais
Nas redes sociais, as reações foram duras. “Sem ódio ao Liam Hemsworth, mas The Witcher está sem vida sem o Henry. As cenas regravadas com ele são constrangedoras”, escreveu o usuário @thisweirdlife no X (antigo Twitter). Já @SiSpang12 foi ainda mais direto: “Ele é o pior. Parece que nunca viu um episódio ou leu o material original. Henry tinha uma aura que ele simplesmente não tem.”
As críticas se multiplicaram, refletindo a frustração de um público que considerava Henry Cavill o rosto definitivo do bruxo. Para muitos, a série perdeu não apenas seu protagonista, mas também sua identidade.
Críticos também não poupam comentários
A recepção negativa não ficou restrita aos fãs. Nick Hilton, do The Times, deu duas estrelas para a temporada e afirmou que “o Geralt de Hemsworth não tem a fisicalidade nem o peso emocional do de Cavill, e sua voz mais fina só acentua essa diferença”.
Sarah Dempster, do The Guardian, resumiu de forma irônica: “Hemsworth, com suas calças de couro, não é Henry Cavill”, criticando ainda o sotaque e o tom de voz adotado pelo ator.
A crítica internacional, de modo geral, considerou a nova fase da série inconsistente, com roteiro apressado e mudanças que desfiguram a essência dos personagens criados por Andrzej Sapkowski.
Com tantas comparações desfavoráveis e uma recepção morna, a quarta temporada de The Witcher entrou para a lista de maiores decepções do ano na Netflix. Agora resta saber se a produção conseguirá se recuperar com a quinta e última temporada ou se o legado de Henry Cavill permanecerá como o auge incontestável da série.
