Entenda

Final explicado de Splinter Cell: Deathwatch: o que realmente aconteceu com Sam Fisher

Animação da Netflix encerra a 1ª temporada com traições, tragédia e um gancho para o futuro de Sam Fisher

Splinter Cell: Deathwatch
Splinter Cell: Deathwatch

A primeira temporada de Splinter Cell: Deathwatch, nova adaptação da Netflix baseada na clássica franquia de espionagem da Ubisoft, termina com uma explosão literal e emocional. A animação apresentou um novo olhar sobre Sam Fisher, o lendário agente secreto, e mergulhou em temas de traição, moralidade e poder. O desfecho deixou os fãs debatendo sobre o destino dos personagens e o significado de cada acontecimento.

Splinter Cell: Deathwatch

A missão final de Sam e McKenna

O episódio final começa após Sam Fisher se unir à jovem agente Zinnia McKenna em uma missão para impedir o plano de Diana Shetland, uma vilã disposta a provocar uma crise energética global usando um navio carregado de gás. A operação, porém, sai do controle. Mesmo após derrotarem diversos inimigos e se infiltrarem no navio, eles descobrem que o sistema da embarcação foi sabotado.

Durante a luta a bordo, McKenna enfrenta Freya, uma das principais antagonistas, que tenta matá-la com uma granada. McKenna sobrevive por pouco, mas o navio já estava comprometido. O hack responsável era obra de Charlie Shetland, meio-irmão de Diana, que secretamente alterou o curso da embarcação.

Ao invés de destruir um alvo estratégico, Charlie redireciona o navio para a conferência de sua própria irmã, planejando matá-la junto a líderes poderosos e bilionários para assumir o controle da empresa familiar. Ele acreditava que, eliminando Diana e suas influências, poderia se tornar o novo centro do poder econômico europeu.

A fuga e o sacrifício

Sam e McKenna percebem tarde demais o que está acontecendo. Apesar dos esforços, não conseguem impedir a colisão. O navio explode, destruindo o evento e matando Diana e seus convidados. Sam e McKenna escapam a tempo, mas o fracasso da missão pesa sobre eles. O final é melancólico: o mundo está em ruínas, e o agente veterano entende que sua luta contra o mal está longe de acabar.

Mesmo sem a voz icônica de Michael Ironside, Liev Schreiber entrega uma performance intensa, mostrando um Sam Fisher cansado, mas determinado. Ele sobrevive, mas não encontra paz – apenas mais um motivo para continuar lutando.

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O destino de Charlie Shetland

A sequência final revela o verdadeiro clímax da temporada. Charlie, agora no controle da empresa, celebra o sucesso de seu plano em um luxuoso escritório. Ele bebe calmamente enquanto ouve música, acreditando ter conquistado tudo o que queria.

Subitamente, as luzes se apagam. O som de um toca-discos parando toma conta do ambiente. Charlie percebe que algo está errado e chama por sua assistente. O silêncio é interrompido pelo característico ruído de um óculos de visão noturna sendo ligado — e Sam Fisher surge das sombras.

A cena termina com Charlie dizendo “Espere. Não. Por favor, não faça isso.” antes de a tela escurecer e tiros serem ouvidos. O destino de Charlie é deixado em aberto, mas tudo indica que Sam executa o traidor, encerrando definitivamente o legado sombrio dos Shetland.

Por que Charlie traiu Diana

A traição de Charlie foi motivada por ganância e ambição. Embora Diana fingisse querer o bem do irmão, ela o mantinha distante das decisões importantes da empresa. Cansado de ser manipulado, Charlie planejou sua vingança, convencido de que eliminar Diana era o único modo de conquistar poder e reconhecimento.

Em um diálogo anterior, ele chega a dizer que a irmã era sua “fênix”, indicando que acreditava que a morte dela serviria para fortalecer seu próprio império. Sua decisão, portanto, não foi apenas fria e calculista, mas também simbólica — um ato de destruição necessário, em sua mente, para renascer como líder absoluto.

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O significado do final

Apesar da história dar destaque à nova agente Zinnia McKenna, o desfecho de Splinter Cell: Deathwatch é, essencialmente, sobre Sam Fisher. O veterano, que começou a série aposentado e aparentemente em paz, volta à ação quando percebe que o mundo ainda precisa dele.

No final, Sam entende que o mal é cíclico: sempre haverá novos inimigos, novos corruptos e novas batalhas. Mesmo sem ter conseguido salvar o mundo dessa vez, ele reafirma seu propósito como um soldado que luta por justiça, independentemente do custo.

O que esperar da segunda temporada

Com o fim dos Shetland, o futuro de Splinter Cell: Deathwatch ainda é incerto, mas o cenário está pronto para novos desafios. O desastre do navio Lazarev provocou uma crise global de energia, e novas organizações devem surgir para explorar o caos.

Há também a possibilidade de o programa Splinter Cell ser encerrado, obrigando Sam e McKenna a operarem fora da lei. A conversa de Grim com o presidente sugere que o governo pode abandonar o projeto, forçando os protagonistas a continuar suas missões de forma clandestina.

A primeira temporada termina de maneira satisfatória, mas deixando espaço para novas histórias. Splinter Cell: Deathwatch não apenas revitaliza uma das maiores franquias de espionagem dos games, como também entrega um final intenso, cheio de simbolismo e repleto de possibilidades para o futuro da série.

Os oito episódios de Splinter Cell: Deathwatch estão disponíveis na Netflix.