O K-drama Typhoon Family, disponível na Netflix, transporta os espectadores para a Coreia do Sul dos anos 90, em meio à crise financeira do FMI. Além da trama envolvente sobre família, resiliência e crescimento pessoal, a série brilha ao recriar a estética e a energia da década, com figurinos vibrantes, trilha sonora nostálgica e referências à cultura pop que marcaram a época.
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Abaixo, exploramos como Typhoon Family captura a essência dos anos 90, com detalhes visuais, musicais e culturais que encantam fãs e evocam memórias.
Moda: O Estilo “Orange Tribe” e a Vibração dos Anos 90
A série mergulha no estilo característico dos jovens de Apgujeong, bairro de Seul conhecido como o epicentro da moda na década de 90. O grupo fictício “Orange Tribe”, representado por Kang Tae-poong (Lee Jun-ho) e seus amigos, exibe looks icônicos:
• Roupas Oversized e Cores Neon: Jaquetas largas, calças baggy e camisas estampadas em tons de laranja, verde-limão e rosa choque dominam as cenas de festa. Esses looks refletem a influência do hip-hop ocidental e do estilo “clubber” coreano.
• Acessórios Marcantes: Óculos de armação colorida, correntes douradas e bonés de aba reta aparecem frequentemente, remetendo à estética jovem e rebelde da época. Tae-poong usa um colar com pingente de tigre que virou assunto nas redes sociais, com fãs recriando o visual no TikTok.
• Contraste Social: Enquanto os jovens ricos de Apgujeong ostentam marcas importadas, os funcionários da empresa de Tae-poong, como Oh Mi-seon (Kim Min-ha), usam roupas práticas, como macacões e uniformes de trabalho, destacando a divisão de classes durante a crise.
A figurinista Park Soo-jin revelou em entrevista ao Hankook Ilbo que se inspirou em catálogos da Nonno e fotos de rua de Seul para criar os looks, misturando autenticidade histórica com um toque moderno para atrair o público jovem.
Música: Uma Trilha Sonora que Resgata o K-pop e a Nostalgia
A trilha sonora de Typhoon Family é um dos pontos altos, combinando regravações de hits dos anos 90 com faixas originais:
• Clássicos do K-pop: A série inclui covers de músicas de grupos pioneiros como H.O.T. e Sechs Kies, como “Candy” e “Couple”, tocadas em cenas de boates e encontros juvenis. Essas faixas evocam a explosão do K-pop, que começava a dominar a Ásia.
• OST Original: A faixa “Eternity”, cantada por Kim Min-ha, é uma balada melancólica que mistura violões acústicos e sintetizadores, remetendo a baladas pop dos anos 90. Lançada em 12 de outubro, já acumula 2 milhões de streams no Spotify.
• Músicas Incidentais: Propagandas fictícias dentro do drama, como jingles da empresa de Tae-poong, imitam comerciais reais da época, com melodias pegajosas e letras sobre “sonhos de um futuro brilhante”.
Fãs no X têm compartilhado clipes das cenas musicais, com comentários como “Ouvir ‘Candy’ enquanto Tae-poong dança desajeitado é puro ouro dos anos 90!”. A trilha sonora completa está disponível na Netflix e em plataformas como Melon, reforçando o apelo nostálgico.
Cultura Pop: Referências que Conectam Gerações
Typhoon Family está repleto de easter eggs culturais que ressoam tanto com quem viveu os anos 90 quanto com novos públicos:
• Tecnologia da Época: Pagers (os famosos “bipers”) e telefones de disco aparecem constantemente, com uma cena hilária em que Tae-poong tenta usar um pager para chamar Mi-seon, mas digita o código errado. Isso reflete a transição tecnológica pré-celular.
• Entretenimento e Mídia: A série recria programas de TV como Inkigayo e comerciais de marcas fictícias inspiradas em gigantes como Lotte e Samsung. Há menções a modas passageiras, como tamagotchis e adesivos brilhantes, que aparecem nas mochilas dos personagens.
• Crise do FMI: A crise financeira de 1997 é mais que um pano de fundo – ela molda a narrativa, com referências a falências, desemprego e o movimento “Gold Collection Campaign”, em que coreanos doavam ouro para ajudar o país. Uma cena mostra Mi-seon entregando um anel de ouro da família, um momento que emocionou espectadores por sua autenticidade.
Por que a Nostalgia Funciona?
Typhoon Family acerta ao equilibrar humor, drama e referências culturais, apelando tanto para quem viveu os anos 90 quanto para a Geração Z, fascinada pela estética retrô. A série usa a crise do FMI para mostrar resiliência, mas também celebra a energia jovem da década, com suas modas excêntricas e sonhos grandes.
Como disse o diretor Lee Na-jeong em entrevista à Vogue Korea, “Queríamos que cada episódio fosse como abrir um baú de memórias, mas com uma história que fala ao coração de hoje.”
Novos episódios de Typhoon Family vão ao ar sábados e domingos na Netflix.
