
A minissérie O Monstro de Florença, lançada pela Netflix, traz de volta um dos maiores mistérios criminais da Europa: uma sequência de assassinatos brutais que marcou a Itália entre as décadas de 1970 e 1980.
Inspirada em fatos reais, a produção mistura drama e suspense para recontar a história do assassino que aterrorizou casais nas colinas da Toscana, um criminoso cuja identidade permanece um enigma até hoje.
A seguir, confira sete fatos reais sobre o caso que inspirou a série:
1. O primeiro crime aconteceu em 1968
O primeiro homicídio ligado ao “Monstro” ocorreu em 21 de agosto de 1968, quando um casal foi encontrado morto a tiros dentro de um carro. Na época, o caso foi tratado como um crime isolado, mas anos depois as autoridades perceberam o padrão e conectaram esse assassinato a outros crimes semelhantes.
2. Foram pelo menos 16 vítimas ao longo de 17 anos
Entre 1968 e 1985, o “Monstro de Florença” fez pelo menos oito casais de vítimas. Os crimes sempre aconteciam em áreas afastadas, geralmente à noite, quando os casais buscavam privacidade. A brutalidade dos assassinatos, incluindo mutilações nas mulheres, aumentou o medo da população e gerou comoção nacional.
3. O assassino usava sempre a mesma arma
Em todos os homicídios, a polícia encontrou balas de uma pistola Beretta calibre .22, com cartuchos da marca Winchester série H. Esse detalhe técnico foi o que permitiu conectar oficialmente os casos, provando que se tratava de um mesmo assassino em série.
4. O caso teve vários suspeitos, mas nenhum culpado definitivo
Diversos homens foram presos e interrogados ao longo das décadas, mas nenhum deles foi condenado de forma definitiva. O mais famoso foi Pietro Pacciani, um agricultor que chegou a ser condenado e depois absolvido, em meio a controvérsias, falta de provas e possíveis erros processuais. Nenhuma confissão foi confirmada, e o verdadeiro autor dos crimes nunca foi identificado.
5. A investigação se tornou um caos nacional
A caçada ao “Monstro” revelou falhas graves da polícia e da justiça italiana. O caso envolveu promotores em conflito, teorias de conspiração, interferência da imprensa e até suspeitas de envolvimento de pessoas influentes. O resultado foi uma série de investigações confusas e contraditórias que acabaram prejudicando a busca pela verdade.
6. A história inspirou livros e filmes antes da série
Muito antes da Netflix, o caso já havia sido retratado em obras como o livro “The Monster of Florence”, dos jornalistas Douglas Preston e Mario Spezi. A publicação detalha as investigações, o medo popular e até a perseguição sofrida pelos próprios autores após se envolverem demais com o caso. O sucesso do livro ajudou a manter viva a curiosidade sobre o assassino.
7. O verdadeiro assassino pode nunca ser descoberto
Mais de cinco décadas após o primeiro crime, o mistério continua sem solução. Parte das provas se perdeu, muitas testemunhas já morreram e as versões oficiais permanecem contraditórias. Para os italianos, o “Monstro de Florença” virou uma lenda sombria, símbolo de medo e impunidade.
Os quatro episódios de O Monstro de Florença estão disponíveis na Netflix.
