Lilo & Stitch está em cartaz nos cinemas brasileiros e conquistando o público, confirmando o sucesso contínuo das adaptações em live-action da Disney. O filme conta a história da amizade entre uma jovem menina humana e um alienígena fugitivo que parece um cachorro. Stitch (Chris Sanders), o experimento 626, é um extraterrestre expressivo que é adotado como animal de estimação por Lilo (Maia Kealoha), uma imaginativa e rebelde garota havaiana, e juntos eles descobrem o significado de família.
Atualmente, mais de uma dúzia de filmes desse tipo estão em diferentes estágios de desenvolvimento, refletindo o interesse da empresa em revisitar seus clássicos animados sob uma nova perspectiva. Diante do impacto positivo dessas reimaginações recentes, é natural que a Disney continue investindo em seu valioso catálogo de propriedades intelectuais. Além dos filmes, a estratégia também contempla séries derivadas e spin-offs para televisão e streaming.
A produção da Disney com os live-actions ganhou força em 2016, com o lançamento de O Livro da Selva, que utilizou tecnologia avançada de CGI para dar nova vida à história clássica. O sucesso crítico e comercial desse filme pavimentou o caminho para produções ainda mais ambiciosas. Em 2017, A Bela e a Fera arrecadou mais de US$ 1,2 bilhão nas bilheteiras globais, consolidando a aposta da Disney nesse formato. O próprio O Livro da Selva também foi amplamente elogiado e faturou impressionantes US$ 966 milhões no mundo todo.
Mesmo quando o público demonstrou ceticismo, como no caso de Aladdin, a Disney conseguiu surpreender, alcançando a marca de US$ 1 bilhão em receita global. Outras produções, como Cinderela, Malévola e Meu Amigo, o Dragão (Pete’s Dragon), também encontraram sucesso entre a crítica e o público, reforçando a eficácia da fórmula. O receio inicial de que a empresa estivesse apenas reciclando conteúdo perdeu força à medida que os espectadores redescobrem suas histórias favoritas em versões visuais mais modernas e emocionantes.
Com tantos títulos em desenvolvimento, fica claro que a Disney está longe de encerrar essa fase de reinterpretações. A expectativa dos fãs por novas versões de personagens icônicos só cresce, alimentando uma onda nostálgica que, ao mesmo tempo, atrai novas gerações. Assim, o estúdio mantém viva sua herança criativa enquanto se adapta às exigências do cinema contemporâneo, combinando emoção, tecnologia e uma boa dose de magia.
Moana
Os remakes em live-action da Disney lançados até agora têm sido, em sua maioria, inspirados nos clássicos animados do estúdio. Produções como A Bela e a Fera e A Pequena Sereia, ambas da era do Renascimento da Disney, exemplificam essa tendência. Por isso, muitos fãs ficaram surpresos ao saber que Moana — um filme relativamente recente — também ganhará uma versão em live-action.
As filmagens já começaram, e o lançamento está previsto para 10 de julho de 2026. O anúncio foi feito por Dwayne Johnson por meio das redes sociais. Ele voltará a interpretar o semideus Maui, papel que dublou na animação original. Já Auli’i Cravalho, que deu voz à protagonista, não atuará na nova versão, mas estará envolvida na produção do longa.
Segundo Johnson, o filme celebrará as tradições polinésias por meio da música e da dança, o que indica que o remake seguirá os passos do original e também será um musical.
Enrolados
Os filmes de animação da Disney definitivamente entraram em uma nova era de produções sólidas e altamente bem-sucedidas após a queda de popularidade nos anos 2000. Essa fase de renascimento no CGI foi, sem dúvida, iniciada por Enrolados (2010). Inspirado no clássico conto de fadas de Rapunzel, o longa se destacou pelas performances marcantes do elenco — especialmente Mandy Moore, Zachary Levi e Donna Murphy — além de músicas memoráveis como “Mother Knows Best” e “I See the Light”, que rapidamente conquistaram o público. Desde seu lançamento, Enrolados se tornou um favorito entre os fãs, e no final de 2024 foi confirmada a produção de uma versão em live-action.
Até o momento, poucos detalhes foram divulgados sobre o projeto, mas o anúncio por si só já gerou grande expectativa. Sabe-se apenas que Michael Gracey, conhecido por O Rei do Show, está em negociações para dirigir o remake. Embora ainda sejam poucas as informações, essa escolha sinaliza uma mudança clara na estratégia da Disney em relação aos remakes live-action.
Antes voltada principalmente para reviver seus clássicos animados das décadas passadas, a Disney agora parece estar mirando seus sucessos mais recentes. A escolha de Enrolados como próximo remake, seguindo Moana e Lilo & Stitch, indica que a empresa está disposta a revisitar até mesmo suas animações contemporâneas para novas versões não animadas.
Aristogatas
Os híbridos de live-action com animação têm se tornado uma escolha popular nos remakes da Disney. A proposta é combinar cenários e atores reais com personagens animados, especialmente quando se trata de animais, substituindo o uso de animais vivos por criações digitais detalhadas e realistas. Essa abordagem será usada no remake de Aristogatas, clássico musical de 1970.
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O novo filme trará de volta as aventuras da charmosa família de gatos, agora em uma nova roupagem visual, sob a direção de Questlove. O músico e cineasta fará sua estreia na direção de longas-metragens com esse projeto e também será responsável pela supervisão musical da produção.
O roteiro está sendo desenvolvido por Will Gluck (A Mentira, Pedro Coelho) e Keith Bunin (Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica), o que indica uma mistura promissora de comédia, sensibilidade e fantasia no tom da narrativa.
Hércules
Em abril de 2020, a Disney anunciou oficialmente que uma versão live-action de Hércules estava em desenvolvimento. Inspirado de forma livre na mitologia grega, o filme original de 1997 conquistou críticas positivas e um desempenho sólido nas bilheterias, tornando-se um dos títulos mais queridos da era moderna da animação da Disney.
O projeto ainda está em estágios iniciais de pré-produção, e muitos detalhes permanecem sob sigilo. Ainda não se sabe, por exemplo, se o remake manterá o formato musical ou se seguirá fielmente a animação original, ou optará por reinventar os personagens e a narrativa em uma nova direção.
O que já foi confirmado, no entanto, é que Anthony e Joe Russo — diretores de Vingadores: Ultimato — estão a bordo como produtores. O roteiro está nas mãos de Dave Callaham, conhecido por seu trabalho em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. A direção ficará por conta de Guy Ritchie, que já comandou o remake live-action de Aladdin para o estúdio.
Em entrevista, Joe Russo revelou que a equipe está buscando inspiração em mídias contemporâneas, incluindo o TikTok, sugerindo que a nova versão de Hércules pode adotar uma abordagem mais moderna e dinâmica em sua estética e narrativa.
Cruella 2
Após a recepção amplamente positiva de Cruella, especialmente pelo retrato marcante de Emma Stone no papel-título, a Disney rapidamente deu sinal verde para uma sequência. Cruella 2 deve aprofundar ainda mais a transformação da protagonista rumo à icônica vilania de 101 Dálmatas.
Ao invés de seguir o formato de remake quadro a quadro, como muitos dos live-actions do estúdio, o primeiro filme optou por contar uma história original, apenas inspirada no universo de 101 Dálmatas. A expectativa é que a sequência mantenha essa abordagem criativa, continuando a explorar a trajetória única de Cruella De Vil sob uma nova perspectiva.
Emma Stone deve retornar ao papel principal, acompanhada por outros membros do elenco original, como Kirby Howell-Baptiste, Kayvan Novak, Paul Walter Hauser e Joel Fry. Além disso, a equipe criativa original também está de volta: Tony McNamara assina o roteiro e Craig Gillespie retorna na direção, repetindo a bem-sucedida parceria do primeiro filme.
Robin Hood
Outro clássico da Disney que está prestes a ganhar uma nova vida em forma de remake é Robin Hood. Lançado originalmente em 1973, o filme apresentou uma reimaginação musical da lenda do fora-da-lei britânico, com personagens antropomórficos — como Robin Hood, retratado como uma raposa carismática — substituindo os tradicionais humanos. Para muitos fãs, essa versão da Disney tornou-se a interpretação definitiva da icônica figura do herói que rouba dos ricos para dar aos pobres.
Em abril de 2020, foi anunciado que a Disney está desenvolvendo um remake híbrido de live-action com CGI, voltado para o Disney+. O projeto promete manter o charme estilizado do original, mas com uma nova abordagem visual.
Kari Granlund, que já trabalhou no remake de A Dama e o Vagabundo para o Disney+, foi escalada para escrever o roteiro. A direção ficará a cargo de Carlos López Estrada, conhecido por seu trabalho em Blindspotting, o que indica uma possível abordagem mais ousada e criativa para essa nova versão.
