No universo dos dramas de Ryan Murphy, o glamour e o caos sempre andam de mãos dadas. Agora, o criador de American Horror Story volta com uma proposta diferente. Em Tudo É Justo, disponível no Disney+, ele mergulha no cenário competitivo da advocacia de elite, onde o amor e o dinheiro se transformam em armas de guerra.
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A série marca a estreia de Kim Kardashian em um papel de destaque na ficção televisiva, ao lado de nomes consagrados como Glenn Close, Sarah Paulson, Naomi Watts e Niecy Nash-Betts. O resultado é uma produção que combina elegância, intriga e um olhar afiado sobre o poder, especialmente quando está nas mãos de mulheres dispostas a reescrever as regras.
Mulheres no comando e lealdades em jogo
A história acompanha um grupo de advogadas que, cansadas de trabalhar em um escritório dominado por homens, decidem abrir sua própria firma em Los Angeles. À frente dessa revolução está Allura Grant (Kim Kardashian), uma estrategista tão carismática quanto implacável, que enxerga nos divórcios de alto valor uma oportunidade de mudar o jogo jurídico e financeiro.
Ao seu lado estão figuras igualmente fortes: Dina Standish (Glenn Close), veterana da área com uma reputação impecável; Carrington Lane (Sarah Paulson), cuja inteligência é rivalizada apenas por seu senso de sobrevivência; e Liberty Ronson (Naomi Watts), uma mulher dividida entre o idealismo e a ambição. A advogada Emerald Greene (Niecy Nash-Betts) e a jovem Milan (Teyana Taylor) completam o time, formando uma equipe em que a lealdade é testada a cada novo caso.
Em meio a separações milionárias, segredos de clientes e disputas internas, Tudo É Justo mostra que o poder tem preço e que, no tribunal, não existem inocentes.
Um retrato do poder com assinatura de Ryan Murphy
Ryan Murphy imprime sua marca desde o primeiro episódio. O criador investe em diálogos afiados e uma estética luxuosa, transformando o escritório das protagonistas quase em um campo de batalha moderno. Assim como em suas outras obras, ele combina drama e ironia para expor as contradições de um universo onde a aparência conta tanto quanto o resultado.
A presença de Kim Kardashian, também produtora executiva, adiciona uma camada curiosa ao projeto. Conhecida pelo domínio da mídia e da imagem pública, a atriz e empresária usa esse repertório para dar vida a uma personagem que entende o poder da influência como poucos.
Por que vale a pena assistir
Mais do que um simples drama jurídico, Tudo É Justo é uma série sobre controle e vulnerabilidade. As protagonistas transitam entre o sucesso e o colapso emocional, equilibrando ética e autopreservação em um cenário onde cada decisão é estratégica. O texto provoca, mas sem perder o ritmo, e o humor pontual ajuda a aliviar a tensão sem diluir a intensidade das tramas.
Para quem gosta de produções como The Good Wife ou Suits, o novo projeto da Disney+ oferece um olhar ainda mais incisivo sobre o poder feminino em um ambiente competitivo e impiedoso. É um retrato estilizado, mas que acerta ao mostrar que, mesmo entre advogadas de luxo, o julgamento mais difícil é o que se faz diante do próprio espelho.