Depois de um final de temporada que parou a internet, The Last of Us se prepara para retornar de um jeito que poucos estão esperando. A 3ª temporada da série da HBO não apenas vai mudar de tom, como também promete alterar profundamente como enxergamos seus personagens e principalmente Ellie.
Se você achava que já sabia o que esperar, talvez seja hora de rever suas certezas. Irei explicar por que essa nova fase será a mais diferente e ousada da série até agora.
Joel está fora da história (desta vez de verdade)
Mesmo sendo o coração da primeira temporada, Joel não fará parte da jornada principal na terceira. A morte brutal do personagem, ainda na segunda temporada, não foi apenas um choque para o público, mas um divisor de águas para a série. A partir dali, o foco se desloca por completo, abrindo espaço para novas perspectivas.
Apesar de Pedro Pascal ter voltado em flashbacks, tudo indica que ele gravou suas cenas finais na temporada passada. Isso significa que qualquer aparição futura de Joel será limitada a memórias ou visões, deixando claro que o centro da história agora pertence a outros personagens. Sem Joel ao lado de Ellie, a série assume um novo tom, mais tenso, mais imprevisível.
Abby assume o protagonismo e divide a série
A decisão de dar mais espaço para Abby já vinha sendo construída, mas é agora que ela assume realmente o papel de protagonista. A personagem que causou revolta em parte do público após sua estreia violenta vai ganhar uma chance rara: ser compreendida. A série se propõe a mostrar o outro lado da história, colocando Abby como centro da narrativa e forçando o público a enxergá-la sob uma nova luz.
Ao explorar suas motivações, traumas e dilemas internos, The Last of Us nos desafia a questionar quem realmente são os vilões dessa história. Acompanharemos Abby em sua própria jornada de dor e sobrevivência, o que promete desconstruir a imagem que muitos fizeram dela na temporada anterior.
Mais histórias paralelas ganham espaço
Diferente das temporadas anteriores, que mantinham um foco claro em Joel e Ellie, a nova fase promete mergulhar em histórias paralelas com mais intensidade. Personagens que foram pouco explorados até agora, como Owen, Mel, Nora e Manny, devem ter suas trajetórias aprofundadas. Isso não só trará mais peso emocional às suas decisões, como também ampliará a complexidade do mundo da série.
A guerra entre facções, como a WLF e os Serafitas, também ganhará destaque, deixando de ser pano de fundo para se tornar um elemento ativo do enredo. Esses conflitos mostrarão novas dinâmicas sociais no mundo pós-apocalíptico, com mais nuances do que apenas “o bem contra o mal”.
Ellie será vista como vilã por boa parte da temporada
Uma das mudanças mais corajosas da terceira temporada será como Ellie será retratada. Durante as temporadas anteriores, acompanhamos sua transformação de garota assustada para sobrevivente, mas agora o jogo vira. A partir do ponto de vista de Abby, Ellie será a ameaça, a sombra que a persegue, a figura implacável motivada pela vingança.
Essa inversão de papéis em The Last of Us deve causar um desconforto proposital no público. Afinal, estamos acostumados a torcer por Ellie. Mas, ao vê-la pelas lentes de alguém que ela ameaça, a série nos força a reconsiderar o que realmente significa justiça nesse mundo quebrado.
Conflitos entre facções prometem cenas mais intensas
Até aqui, os conflitos entre grupos como a FEDRA, os Serafitas e a WLF eram mostrados limitadamente. Agora, com Abby no centro da trama, essa guerra entre facções deve se tornar muito mais visível e violenta. A série mergulhará nos bastidores da WLF e nos rituais dos Serafitas, revelando suas ideologias, hierarquias e métodos brutais de sobrevivência.
Esses confrontos prometem adicionar uma camada ainda mais crua ao universo de The Last of Us, com batalhas que colocam não apenas vidas em risco, mas a própria ideia de civilização. O apocalipse, neste ponto, deixa de ser apenas biológico para se tornar também social.
AS duas temporadas de The Last of Us estão disponíveis na Max.