Quem viu o episódio final da 2ª temporada de The Last of Us sabe que o clima não foi de encerramento, mas de transição. A última cena, com Abby despertando no estádio da WLF e o letreiro “Seattle – Dia Um” é mais do que um teaser: é um convite claro para enxergarmos tudo com outros olhos.
Na 3ª temporada, ao que tudo indica, vamos acompanhar Abby em sua própria jornada, revivendo os mesmos três dias que Ellie passou em Seattle, mas sob outra perspectiva.
O impacto de Ellie será menor, mas ainda necessário
Mesmo com a promessa de Abby tomar o protagonismo, Ellie não vai desaparecer totalmente. Ao menos, não no sentido narrativo. O arco de Ellie na segunda temporada foi doloroso e violento, levando a personagem até o limite físico e emocional. É possível que, na 3ª temporada, vejamos menos sua presença direta, mas mais de suas ações ecoando pelas decisões e traumas dos demais personagens.
E sim, é possível que Bella Ramsey tenha um tempo de tela mais curto, aparecendo apenas mais adiante na temporada. Mas isso é parte da construção: a ausência dela servirá para criar expectativa, tensão e um novo olhar quando o reencontro acontecer, seja entre ela e Abby, seja entre ela e a própria consciência.
Flashbacks com Joel ainda devem emocionar os fãs
A morte de Joel (Pedro Pascal) no início da 2ª temporada deixou um vazio, mas a série soube preencher esse espaço com flashbacks poderosos, como aquele no episódio 6 da segunda temporada, que muitos consideram um dos momentos mais sensíveis da série até agora. E tudo indica que a terceira temporada deve manter essa estratégia.
Há muitas histórias ainda não contadas entre Joel e Ellie. O jogo reservou parte delas para a segunda metade da narrativa, e seria surpreendente se os produtores deixassem essas memórias de fora. Mesmo com Pedro Pascal envolvido em projetos como Quarteto Fantástico, sua participação em cenas pontuais pode manter viva a presença do personagem.
A guerra entre Serafitas e WLF vai explodir
Os Serafitas foram apenas introduzidos na 2ª temporada, mas sua presença foi o suficiente para deixar uma impressão marcante. O culto religioso e brutal terá destaque no próximo capítulo, com promessas de batalhas épicas que vão colocar a série em um novo patamar visual.
Quem jogou sabe que o confronto entre os Serafitas e a WLF em The Last of Us Part II é um dos momentos mais tensos e cinematográficos do jogo. Com a série seguindo fielmente a estrutura do game, é esperado que essas cenas sejam recriadas com o mesmo peso. Isso significa episódios focados em guerra urbana, emboscadas, dilemas morais e decisões difíceis.
E claro, dois nomes para ficar de olho: Lev e Yara. A relação deles com Abby muda completamente o rumo da trama, principalmente Lev, um personagem jovem e forte, cuja identidade trans é tratada com profundidade no jogo e deve ser mantida com o mesmo respeito na adaptação.
Mais criaturas infectadas e ainda mais perigosas
Uma das críticas positivas mais frequentes sobre a 2ª temporada foi a evolução dos infectados. Os efeitos práticos, maquiagem e tensão nas cenas de combate foram levados a outro nível. A expectativa é que isso continue, e se intensifique, na 3ª temporada.
Os fãs podem esperar encontros ainda mais perigosos com variantes como os Trôpegos e, quem sabe, novos tipos de infectados ainda não mostrados na série. O universo da infecção continua evoluindo, e o impacto disso nas narrativas de Abby e dos Serafitas pode abrir portas para episódios mais focados no horror físico e psicológico.
O elenco vai mudar e isso é uma oportunidade
Com o foco na Abby, naturalmente, o elenco secundário também muda. A ausência de personagens como Dina e Tommy será sentida, mas abre espaço para explorarmos figuras como Owen, Mel, Manny e Nora, que já apareceram, mas ainda têm muito a mostrar.
O passado e os relacionamentos de Abby, especialmente com Owen, devem ser aprofundados em flashbacks, como a série já fez tão bem antes. O que a série deve buscar aqui é mostrar como o amor, a perda e a vingança se misturam na trajetória dela, assim como aconteceu com Ellie.
Além disso, a 3ª temporada pode ser a chance de revisitar acontecimentos do passado sob uma nova ótica, entendendo que não existe lado certo ou errado nessa história, apenas versões de uma mesma dor.
A 3ª temporada pode ser a mais ousada até agora
The Last of Us nunca teve medo de provocar o público. E a terceira temporada deve ser exatamente isso: uma provocação. Vai desafiar os fãs, dividir opiniões e oferecer perspectivas que nem todos estão prontos para aceitar, mas essenciais para entender a verdadeira essência da narrativa criada por Neil Druckmann.
Se a série continuar seguindo fielmente o jogo, como fez até agora, estamos prestes a testemunhar um dos arcos mais emocionantes, viscerais e dolorosamente humanos da televisão.
As 2 temporadas de The Last of Us estão disponíveis na Max.