Com o fim de Outlander já no horizonte, os fãs da série podem respirar aliviados. Diferente do que aconteceu com Game of Thrones, a franquia baseada nos livros de Diana Gabaldon está apostando em uma estratégia inteligente e, convenhamos, muito bem calculada. A nova série derivada, Outlander: Blood of My Blood, chega antes mesmo da temporada final da trama principal, e isso muda tudo.
Uma estreia que chega na hora certa
Ao contrário do que vimos com Game of Thrones e seu derivado A Casa do Dragão, Outlander não vai deixar os fãs esperando por anos até verem uma nova história nascer. Blood of My Blood estreia já em 8 de agosto de 2025, antes mesmo da oitava e última temporada da série principal ir ao ar, prevista para novembro do mesmo ano.
Esse detalhe pode parecer pequeno, mas tem um impacto imenso na forma como o público se envolve com a história. Quando os criadores de Game of Thrones encerraram a série de forma controversa em 2019, o universo criado por George R. R. Martin ficou no limbo. Foram quase três anos até que A Casa do Dragão finalmente chegasse às telas e, nesse tempo, boa parte do entusiasmo do público foi embora.
Com Outlander, o cenário é o oposto. A derivada chega ainda com o hype da série principal em alta, mantendo a chama acesa e preparando o terreno para uma despedida.
Duas linhas do tempo que se completam
Enquanto a série original nos levou por viagens temporais intensas e um romance que atravessa séculos, Blood of My Blood promete aprofundar ainda mais esse universo. A nova produção vai contar duas histórias paralelas: no século XVIII, vamos acompanhar os pais de Jamie, Brian Fraser e Ellen MacKenzie; no século XX, conheceremos os pais de Claire, Henry Beauchamp e Julia Moriston.
Essa estrutura narrativa permite explorar novos conflitos históricos, ao mesmo tempo, em que fornece respostas e contextos que fãs da série original sempre quiseram saber. E o melhor: tudo isso será revelado antes do desfecho de Jamie e Claire, o que pode transformar detalhes aparentemente pequenos em grandes revelações quando a temporada final chegar.
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O que o canal Starz entendeu, e que a HBO ignorou por um bom tempo, é que o timing é tudo. Quando uma série de sucesso se despede, os fãs ficam vulneráveis. Eles querem mais. Querem continuar naquele mundo. Querem se despedir de forma digna.
Game of Thrones não ofereceu isso. A demora entre o fim da série e o início de qualquer outro projeto fez com que a conexão emocional enfraquecesse. E quando A Casa do Dragão estreou, teve que carregar nas costas não só a responsabilidade de ser boa, mas de “corrigir” a decepção que veio antes. Um peso difícil de carregar.
Quando o passado ilumina o futuro
A lição que Outlander aprendeu, e que Game of Thrones ignorou, é simples: a melhor forma de expandir um universo é não deixar que ele esfrie. A decisão de lançar Blood of My Blood antes do fim da série original é ousada, mas inteligente. Além de manter o interesse, ela aprofunda a história e entrega novas enquanto os fãs continuam conectados emocionalmente.
E com personagens novos, dois períodos históricos distintos e a chance de descobrirmos mais sobre os protagonistas que amamos, Blood of My Blood tem tudo para não somente expandir o universo de Outlander, mas também reforçar o legado da franquia como uma das maiores.
No Brasil, ainda não há confirmação do lançamento de Blood of My Blood. Entretanto, Outlander está disponível na Netflix e no Disney+.
