A Netflix voltou a investir em thrillers internacionais e, dessa vez, foi a vez da Itália ganhar destaque com uma trama de suspense que se joga nos bastidores da política e da espionagem.
Com apenas alguns episódios, a série italiana Sara: A Mulher nas Sombras conseguiu entregar uma narrativa cheia de reviravoltas, com personagens que escondem segredos perigosos e uma protagonista forçada a reviver um passado que jurou abandonar.
Sem grandes alardes, a produção chegou ao catálogo da plataforma conquistando quem gosta de dramas policiais com investigações paralelas e figuras influentes por trás de crimes banais.
A protagonista, uma ex-agente do serviço secreto, retorna ao campo após a morte suspeita do filho. A partir disso, os laços entre crimes pessoais e interesses políticos se estreitam, levando a trama para direções inesperadas.
O que leva Sara de volta ao submundo?
A história começa com a notícia do acidente que matou Giorgio, filho de Sara Morozzi. Embora afastada da vida dele há anos, a ex-agente decide investigar por conta própria e logo percebe que a morte não foi tão acidental quanto parecia.
As pistas a levam a retomar contatos e a se aproximar de Teresa, sua antiga chefe, que usa uma gravação comprometedora para chantageá-la e envolvê-la em uma nova missão.
A investigação sobre o desaparecimento de Sergio, agente ligado a Teresa, acaba conectando diversos personagens em uma trama de corrupção envolvendo o candidato a governador Tarallo.
Com a ajuda de Pardo, um policial deslocado em sua função atual, Sara passa a seguir pistas que envolvem jornalistas, hackers e antigos casos de terrorismo.
Sergio não estava apenas espionando o político a mando de Teresa, mas também colaborava com Edoardo Belliti, jornalista que pretendia expor os crimes de Tarallo.
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O político, por sua vez, recebia apoio de um grupo obscuro que manipulava opinião pública através de crimes forjados atribuídos a imigrantes.
Tarallo, Vigilante e a verdade por trás da campanha
Atrás de Tarallo está Enricho Vigilante, figura conhecida por envolvimento com terrorismo nos anos 90. Ele e seus aliados financiam a campanha de Tarallo em troca de favores, como a construção de uma usina nuclear.
A traição do político, que tenta se aliar a outros financiadores com interesses opostos, desencadeia sua execução durante um comício. Embora Sara e Pardo vejam o atirador, Vigilante manipula as provas com ajuda de Lembo, apagando as imagens de segurança e culpando um manifestante migrante pelo ataque.
Sara suspeita que Lembo tenha ligações com Vigilante, especialmente por ter sido o financiador da antiga unidade do serviço secreto. Ela lembra de uma reunião que seu parceiro Massimiliano teve com Lembo antes de um atentado em Florença.
O destino dos envolvidos
Com a morte de Tarallo, o escândalo não desaparece. Graças à esperteza de Pardo, o material reunido por Edoardo é recuperado e publicado, revelando os crimes e manipulações do político e de seus financiadores. Enquanto isso, o jornalista consegue escapar para Lisboa, onde permanece escondido.
A vingança contra Vigilante é consumada por Teresa, que descobre seus hábitos e o embosca durante uma corrida. A execução final é um ajuste de contas que encerra um ciclo iniciado ainda nos anos 90.
A revelação sobre quem matou Sergio é um dos pontos mais trágicos da trama. O agente foi entregue por sua namorada sem querer, ao contar ao pai sobre sua investigação.
O pai dela, chefe de segurança de Tarallo, avisou Vigilante, que mandou os irmãos Esposito torturarem Sergio. O plano era apenas extrair informações, mas ele acabou morto no processo.
Ao final, a rede de corrupção é parcialmente desmantelada, mas o custo emocional é alto. Sara decide não buscar respostas que talvez nunca venham, especialmente sobre Massimiliano. Em vez disso, ouve pela primeira vez a gravação que ele deixou antes de morrer e aceita, com resignação, que algumas verdades nunca serão reveladas.
