A 3ª temporada de Alice in Borderland termina com um grande suspense que sugere que a franquia está longe de terminar. Em seus momentos finais, a série se passa nos Estados Unidos e apresenta uma misteriosa personagem chamada Alice. Sua presença não é explicada e levanta dúvidas de sua importância para a trama, deixando espaço para muitas especulações.
Afinal, quem é “Alice”?
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O último episódio da temporada deixa em aberto a possibilidade de um desastre global, capaz de enviar não apenas japoneses, mas também pessoas de diferentes partes do mundo para o limbo entre a vida e a morte nas Terras Fronteiriças. Nos instantes finais, a câmera foca no crachá de uma garçonete em um restaurante nos Estados Unidos, onde se lê o nome “Alice”.
Esse detalhe pode ser apenas uma mera referência ao clássico Alice no País das Maravilhas, reforçando o paralelo entre Arisu e a personagem literária. Mas também pode sinalizar algo maior: a expansão da narrativa para além do Japão, mostrando que o fenômeno que leva as pessoas ao Borderland não se limita a uma nação específica, mas ameaça toda a humanidade. Essa escolha abre espaço para novas interpretações e possibilidades futuras para a série.
“Alice” também pode estar ligada ao spin-off do mangá original
Quem conhece a obra original de Haro Aso sabe que além do mangá principal existe também um spin-off, Alice on Border Road. Nessa história, a protagonista é Kina Sano, uma estudante do ensino médio que, assim como Arisu, está desiludida com a vida real. De repente, ela desperta nas Terras da Fronteira e descobre ter em mãos a carta da Rainha de Paus. Logo, cruza o caminho de outra jovem de Tóquio, Alice Kojima, portadora da carta da Rainha de Copas. A partir daí, as duas embarcam em mais uma jornada perigosa e cheia de enigmas.
Por ser uma das figuras centrais desse spin-off, a personagem Alice Kojima pode estar sendo evocada na cena final da 3ª temporada da série da Netflix. Se essa for a intenção, a possível 4ª temporada de Alice in Borderland poderia adaptar o material derivado de Haro Aso, trazendo uma nova perspectiva: em vez de um protagonista masculino, a trama poderia acompanhar uma heroína em sua luta pela sobrevivência no universo distorcido do Borderland.
Como a aparição de “Alice” cria um spin-off para a série?
A introdução da garçonete chamada “Alice” no final da terceira temporada funciona como uma semente narrativa para expandir o universo de Alice in Borderland. Ao inserir uma personagem americana em um contexto que remete diretamente ao material derivado Alice on Border Road, a série abre espaço tanto para uma adaptação do spin-off do mangá quanto para uma versão inédita ambientada no Ocidente.
Essa escolha não apenas conecta a produção ao legado de Haro Aso, mas também sugere uma estratégia para alcançar novos públicos, criando a possibilidade de um futuro derivado que mantenha o espírito da obra original enquanto renova seus personagens e cenários.
As três temporadas de Alice in Borderland estão disponíveis na Netflix.