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Por que Star Wars terá apenas uma série de TV após a 2ª temporada de Andor

O universo de Star Wars deve voltar a suas origens.

Elenco de Andor
Elenco de Andor

Desde o lançamento do Disney+ em 2019, o universo de Star Wars passou por uma mudança significativa. Com a estreia de The Mandalorian, a franquia iniciou uma fase centrada em séries live-action para o streaming, expandindo a cronologia em diferentes frentes narrativas.

Nos últimos cinco anos, foram sete títulos do tipo, totalizando dez temporadas e uma nova geração de personagens, mas esse ciclo parece estar chegando ao fim.

Com o encerramento da segunda temporada de Andor, Star Wars terá apenas uma única série live-action confirmada em produção: a segunda temporada de Ahsoka.

Isso marca uma guinada estratégica para a Lucasfilm, que agora volta seu foco para os cinemas com pelo menos cinco longas em desenvolvimento e uma clara redução na produção televisiva.

Uma nova direção para o futuro da franquia

Durante a Star Wars Celebration no Japão, a única novidade anunciada para a televisão foi a animação Star Wars: Maul – Shadow Lord, que deve continuar a história do ex-Sith após a Ordem 66.

Nenhuma nova série live-action foi apresentada, e nem mesmo The Mandalorian teve sua quarta temporada confirmada, já que sua trama seguirá diretamente para os cinemas com o filme The Mandalorian and Grogu.

A própria Ahsoka tem desafios enormes pela frente. Além de dar continuidade ao arco deixado por The Mandalorian, a série precisa lidar com o retorno do Grande Almirante Thrawn, a permanência de Ahsoka e Sabine em outra galáxia e o contexto político instável da Nova República.

Nos bastidores, há também fatores práticos relacionado ao alto custo dessas produções. Estima-se que Andor tenha custado mais de 600 milhões de dólares somando suas duas temporadas e The Acolyte, que já foi cancelada após uma temporada, teve um orçamento de cerca de 230 milhões.

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Tentativas que não atingiram o impacto esperado

Mesmo com algumas exceções de sucesso, como The Mandalorian e o prestígio de Andor, a maior parte das séries não conseguiu gerar o impacto esperado.

Obi-Wan Kenobi foi concebida como minissérie, O Livro de Boba Fett enfrentou críticas e baixa recepção, e Skeleton Crew sequer tem futuro garantido. A sensação é de que o excesso de conteúdo deixou o público disperso.

Nesse contexto, a Lucasfilm parece reconhecer que produções menores, mais espaçadas e com maior foco narrativo podem ser mais eficazes. As próximas séries podem seguir um modelo mais contido, voltadas para o desenvolvimento de personagens e menos dependente de conexões com outros títulos.

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O retorno definitivo aos cinemas

A nova fase da franquia já tem cinco filmes em diferentes estágios de produção. Entre eles estão The Mandalorian and Grogu, o longa de Dave Filoni que deve encerrar o arco da série, Star Wars: Starfighter de Shawn Levy, New Jedi Order com o retorno de Rey (Daisy Ridley), e Dawn of the Jedi, dirigido por James Mangold, que explorará as origens da Força.

A expectativa agora é que, ao contrário dos anos anteriores, a produção de live-actions para o streaming siga um ritmo de uma série por ano: Andor em 2025, Ahsoka em 2026 e, talvez, alguma nova produção em 2027.

Com menos conteúdo e mais tempo para desenvolvê-lo, a esperança é que as histórias possam ser mais relevantes para o universo da saga. Esse espaço também permite que roteiristas trabalhem sem a pressa que antes marcava o cronograma do Disney+.

Ao optar por menos produções e com ciclos mais longos, Star Wars pode voltar a gerar entusiasmo em vez de sobrecarga. Há ainda muito a explorar na galáxia criada por George Lucas como mostrou Andor, mas talvez a chave esteja em deixar cada história respirar e ter seu momento.

 

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