Pacificador está chegando como uma das maiores surpresas do novo DCU. A série vai ser a única produção do antigo DCEU a ser agregada a nova fase e, com a segunda temporada se aproximando, vale relembrar o que aconteceu até aqui.
Os oito episódios iniciais apresentaram um herói marcado por preconceitos e uma devoção cega à paz (mesmo que isso envolvesse matar inocentes). A trama se desenrola logo após os eventos de O Esquadrão Suicida, com Christopher Smith sendo recrutado por Amanda Waller para liderar uma nova missão secreta da A.R.G.U.S.
O Projeto Borboleta
A missão da vez envolvia o tal Projeto Borboleta, uma operação para impedir uma invasão alienígena silenciosa. As criaturas, chamadas de Borboletas, tomavam o corpo de humanos e se infiltravam em cargos de poder. O líder da operação era Clemson Murn, que mais tarde se revela uma Borboleta dissidente.
Ao lado de Emilia Harcourt, John Economos, Leota Adebayo e Vigilante, Pacificador enfrentou não apenas os alienígenas, mas também seus próprios problemas. A relação conturbada com seu pai, August Smith, o supremacista conhecido como Dragão Branco, culmina em um confronto que termina com a morte do vilão pelas mãos do próprio filho.
Outro elemento importante foi o dilema moral de Pacificador ao descobrir que as Borboletas diziam querer salvar a humanidade de si mesma. Mesmo assim, ele decide acabar com a invasão destruindo a criatura gigante que estava escondida em um bunker e era a única fonte de alimento dos alienígenas.
Conflitos internos e redenção
A temporada também mostrou o peso da culpa carregado por Smith, que ainda lida com a morte de Rick Flag Jr. e do irmão. A amizade com Adebayo e o restante da equipe começa a transformá-lo aos poucos, afastando-o da doutrina violenta herdada de seu pai.
O final da série mostra Pacificador salvando a equipe e impedindo a fuga das Borboletas. Harcourt sobrevive gravemente ferida, Economos volta ao trabalho burocrático, e Adebayo revela publicamente a existência da Força-Tarefa X e a responsabilidade de sua mãe, Amanda Waller, nos eventos.
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No último momento da temporada, Pacificador aparece sozinho em seu trailer, alimentando a Borboleta Goff (agora fora do corpo de Sophie Song) e vendo alucinações de seu pai morto.
Liga da Justiça e conexões maiores
A primeira temporada termina com uma aparição tardia da Liga da Justiça. Aquaman e Flash aparecem rapidamente, enquanto as silhuetas de Superman e Mulher-Maravilha são mostradas. Essa participação serviu para conectar a série ao antigo DCEU, mas a segunda temporada terá como foco o novo universo da DC.
A série também não economizou nas críticas sociais. James Gunn usou a figura de Pacificador para explorar temas como autoritarismo, racismo e hipocrisia política. Ao longo dos episódios, o personagem passa por um processo de desconstrução, saindo da caricatura do soldado fanático para alguém mais consciente de suas próprias falhas.
O que esperar da próxima fase
Com o DCU oficialmente iniciado nos cinemas, a segunda temporada de Pacificador chega como o primeiro projeto televisivo da nova fase com conexões diretas. Além de retomar personagens principais, a série introduzirá novos nomes e trabalhará com o conceito de multiverso, dando novas camadas à jornada do protagonista.
James Gunn tem reforçado que sua proposta para a nova fase se inspira na lógica dos quadrinhos: um universo compartilhado em que cada obra se sustenta sozinha. A ideia é que séries como Pacificador, assim como os filmes, contem histórias completas e envolventes por si só, sem criar uma codependência entre elas. As conexões existem, fazem referências e ampliam o entendimento do universo, mas não limitam a experiência de quem acompanha uma obra isoladamente.
A nova temporada estreia em 21 de agosto na HBO Max.
