
O anúncio de renovações costuma movimentar as redes sociais tanto quanto a estreia de uma série. Entre pedidos apaixonados de fãs e análises de audiência, a decisão de continuar ou não uma história virou parte do próprio espetáculo.
A Netflix, por sua vez, raramente bate o martelo logo após o lançamento. A plataforma coleta dados de maratonas, engajamento e repercussão antes de liberar a segunda leva de episódios, um processo que pode levar meses.
É nesse compasso de espera que se encontra Olympo, drama juvenil espanhol que encerrou a primeira temporada com um mergulho literal e figurado no lado sombrio do esporte de elite. Ainda sem aval oficial, a produção depende de números sólidos para voltar.
Embora o serviço de streaming mantenha silêncio, bastidores apontam que um eventual segundo ano deve chegar ao catálogo no fim de 2026. O cronograma considera pré‑produção, filmagens e a pós‑produção.
Além do fator logístico, pesa o histórico de séries espanholas voltadas ao público jovem, que costumam ganhar sinal verde após três a seis meses de avaliação interna, como ocorreu com Elite e Através da Minha Janela.
Consequências do ato de Amaia
O ponto de partida do próximo arco deve ser o colapso moral da protagonista, que aceitou o soro azul para manter a vaga no time. A culpa pela escolha, somada à pressão familiar, tende a agravar o conflito interno da atleta.
Ao mesmo tempo, o frasco entregue por Zoe à Agência Antidoping cria caminho para investigações formais. Caso a substância seja rastreada, a ex‑denunciante pode se tornar alvo de sanções, invertendo a posição que ocupou na primeira temporada.
A quebra de confiança também coloca Amaia na mira dos antigos aliados. Cristian, Roque e a própria Zoe correm risco de suspensão e precisam decidir se protegem a amiga ou se lutam para salvar a própria carreira.
Novos rostos e conflitos
Com Olympo fortalecendo seu domínio sobre o Centro de Alto Rendimento, a administração local deve passar por mudanças drásticas. A chegada de técnicos mais agressivos e de atletas dispostos a tudo por uma vaga olímpica amplia a disputa interna.
Personagens que ficaram à margem, como Fátima e Peque, ganham espaço nesse cenário, enquanto a trama aprofunda dilemas como homofobia no esporte, tema que já abalou Roque, e o preço de contratos leoninos para jovens talentos.
Se confirmada, a segunda temporada terá a missão de mostrar como uma vitória construída sobre fraudes cobra seu tributo. Até lá, resta aos espectadores acompanhar a contagem de visualizações. Nas telas e nos bastidores, o jogo ainda está em aberto.