Novidade

Olhos de Wakanda: Explicamos o final da série da Marvel

Série animada do MCU conecta diferentes épocas e revela detalhes sobre Wakanda.

Olhos de Wakanda: Explicamos o final da série da Marvel

Olhos de Wakanda chegou ao Disney+ com apenas quatro episódios, mas entregou mais do que simples aventuras. A animação explora o legado do vibranium e dos guerreiros wakandanos, resgatando artefatos perdidos e reescrevendo trechos da mitologia do MCU.

Conforme os capítulos avançam, os roteiros ganham camadas mais complexas, misturando lendas, traições, figuras históricas e viagens no tempo. O último episódio, em especial, altera a compreensão de eventos dos filmes anteriores e reposiciona personagens icônicos como T’Challa e Killmonger.

A missão de Noni

O primeiro episódio gira em torno de Noni, uma jovem expulsa das Dora Milaje por seu espírito indomável. Ela é enviada em uma missão para recuperar armas roubadas por The Lion, um guerreiro de elite, mas, após concluir a tarefa, ela recusa o convite para retornar às fileiras de elite de Wakanda.

O que parecia uma escolha pessoal ganha peso ao final, quando a líder das Dora revela que sabia que o destino de Noni era outro. A personagem, que mais tarde se torna diretora de operações da série, representa uma ponte entre passado e futuro, simbolizando a transição de mentalidade dentro do reino.

A lenda reescrita

O segundo episódio se desloca para um cenário inspirado na Guerra de Troia. Memnon, um infiltrado wakandano entre os guerreiros gregos, compartilha quase uma década de batalhas ao lado de Aquiles. No entanto, sua verdadeira missão era recuperar um artefato de vibranium mantido por Helena e Paris.

Apesar da amizade, ou algo além disso, que os unia, Memnon trai Aquiles ao tentar concluir sua missão. O conflito entre os dois termina com a morte do herói grego, reescrevendo o mito clássico ao inserir Wakanda como elemento chave na origem da tragédia. Ao final, descobrimos que Noni, já mais velha, supervisionava essa operação como comandante dos Cães de Guerra.

A chegada da nova Punho de Ferro

Na terceira história, a série apresenta Jorani, uma nova Punho de Ferro. A personagem, dublada por Jona Xiao, herda os poderes após vencer o dragão Shou-Lao, repetindo o caminho já visto com Danny Rand. A narrativa se passa na China do século XV e, depois, em Wakanda.

Jorani infiltra-se na base dos Cães de Guerra para recuperar uma estátua roubada contendo um artefato de vibranium. Mesmo sem conexão direta com os outros protagonistas, a presença da nova Punho de Ferro aponta para uma integração maior entre os diferentes núcleos do MCU.

Pantera Negra do futuro

No último episódio, a trama salta para 1896, na Etópia, onde dois jovens, Tafari e Kuda, encontram um machado wakandano. A missão é interrompida pela aparição de uma Pantera Negra do futuro, que alerta sobre uma invasão alienígena iminente chamada A Horda.

Wakanda, segundo essa linha temporal futura, foi destruída por ter permanecido isolada. Ao devolver o machado ao seu lugar de origem, os protagonistas impedem a queda de Wakanda e abrem caminho para que, no futuro, T’Challa decida abrir as fronteiras do país ao mundo.

Essa mudança recontextualiza a trilogia do Pantera Negra e conecta as decisões políticas do personagem ao passado distante e ao destino da humanidade.

Killmonger e o elo com os filmes

Olhos de Wakanda guarda ainda a aparição inesperada de Erik Killmonger, em um cameo que liga a narrativa da animação à cena do museu no filme de 2018. A Máscara Dogon de Killmonger pode ser vista logo à direita da cena animada.

Essa conexão não apenas fortalece o papel do personagem dentro da mitologia de Wakanda, mas também indica que os eventos da série têm impacto direto no que foi visto nas telonas, além de costurar o passado e futuro para mostrar que o legado do vibranium ultrapassa o que o cinema conseguiu mostrar até agora.