A primeira temporada de Dept. Q chegou à Netflix com a promessa de mergulhar em casos arquivados e segredos enterrados. O que ninguém esperava era o quanto ela deixaria o público pedindo por mais.
Agora, com a possibilidade de uma segunda temporada no horizonte, surge uma pergunta que não sai da cabeça dos fãs: o que vem por aí? A resposta pode envolver novas pistas, traumas mal resolvidos e um mistério que atravessa décadas.
O fim da primeira temporada deixou perguntas demais no ar
Dept. Q terminou seu primeiro ano com um final fechado… mas não tanto assim. O caso de Merritt Lingard foi solucionado, sim, mas o mistério do tiroteio em Leith Park ainda ecoa. O que parecia ser um simples chamado de emergência acabou se revelando uma emboscada armada, com implicações muito mais profundas do que o público imaginava.
Apesar de Carl e sua equipe voltarem à ativa com força total após a elogiada resolução do caso arquivado, a sensação é de que ainda há muito a ser dito, principalmente quando o próprio protagonista está proibido de investigar o crime que quase o matou. E quando a série segura uma ponta solta desse tamanho, não é por acaso.
Carl e companhia podem contar com mais poder e mais problemas
A possível segunda temporada deve mostrar uma equipe muito mais estruturada. O detetive Carl Morck está recuperado fisicamente, Hardy já consegue andar com ajuda de muletas e Akram está trilhando seu caminho para se tornar um investigador completo.
O quartel-general improvisado, localizado em antigos chuveiros, agora conta com orçamento reforçado, após uma boa dose de chantagem estratégica nos bastidores.
Isso tudo indica que o segundo ano da série poderá explorar casos ainda mais complexos, com recursos melhores e uma equipe mais entrosada. Mas vale lembrar: mais estrutura também significa mais pressão. E, com isso, o risco de fracassar será ainda maior. O que está em jogo agora é a reputação de uma divisão que deixou de ser um “truque de relações públicas” e passou a ser um trunfo real na polícia.
Próxima temporada deve adaptar o segundo livro da série
Quem conhece os livros que deram origem à série já tem um palpite do que pode vir por aí. A primeira temporada seguiu os eventos do romance inicial de Jussi Adler-Olsen, então é bastante provável que a próxima siga a sequência da obra literária: O Ausente.
Nesse enredo, Carl e sua equipe se deparam com um caso ainda mais antigo, o assassinato de dois irmãos em um internato, envolto por uma confissão no mínimo duvidosa.
O cenário é perfeito para a série explorar o passado sombrio de instituições elitistas e os jogos de poder que abafam verdades incômodas. Se a adaptação seguir mesmo esse caminho, o segundo ano de Dept. Q tem tudo para ser ainda mais denso e perturbador.
Caso Leith Park pode se tornar um arco de longo prazo
Mesmo que a série opte por adaptar o segundo livro da saga, ainda há espaço para manter a tensão em torno do caso Leith Park. A abertura da primeira temporada girou em torno do atentado que deixou Carl ferido, e apesar da resolução do caso Merritt, esse ataque permanece um mistério, e um ferida aberta.
DCI Bruce, que teoricamente está liderando a investigação, se mostra cada vez mais incompetente, enquanto Carl, oficialmente impedido de atuar por conflito de interesse continua acumulando observações que apontam para uma conspiração muito maior.
A forma como essa trama foi deixada em aberto indica que ela pode acompanhar toda a trajetória da série, costurando os episódios ao longo das temporadas como uma sombra permanente.
Novos personagens devem movimentar a próxima fase
Uma das vantagens da estrutura de Dept. Q é que, por ser um procedural investigativo, ela permite renovar seus personagens a cada caso. Isso significa que, com o encerramento da história de Merritt Lingard, muitos rostos devem sair de cena. Nomes como William, Claire, Stephen e os vilões Ailsa e Lyle dificilmente retornarão.
Por outro lado, o núcleo fixo deve seguir firme. Matthew Goode, Alexej Manvelov, Leah Byrne e Jamie Sives têm tudo para continuar explorando seus personagens, principalmente agora que o roteiro pode aprofundar os passados pessoais de Akram e Rose. A origem síria de Akram, por exemplo, é uma camada ainda pouco explorada que pode render momentos poderosos de conexão emocional com o público.
Dept. Q está disponível na Netflix.