Entenda

O Poder e a Lei: Grande mudança em relação aos livros tornará 4ª temporada difícil de ser assistida

Nova fase da série deve aprofundar o lado emocional do protagonista.

Manuel Garcia-Rulfo em O Poder e a Lei
Manuel Garcia-Rulfo em O Poder e a Lei

A adaptação de O Poder e a Lei para a Netflix rapidamente conquistou espaço entre os dramas jurídicos do streaming. Com tramas bem amarradas e uma abordagem mais humana dos personagens, a série se destacou ao atualizar o universo criado por Michael Connelly.

À medida que se afasta das páginas dos livros, no entanto, faz com que a produção também abrace escolhas que podem tornar a nova fase mais incômoda para o público.

A 4ª temporada já tem confirmação oficial e adaptará o livro A Lei da Inocência. A trama coloca Mickey Haller como o acusado principal de um assassinato, virando a dinâmica da série de forma drástica.

Embora o enredo por si só já represente uma grande virada, o modo como Mickey é retratado na série em comparação à sua versão literária promete um impacto ainda maior para os espectadores.

Um Mickey mais emocional muda tudo

Na versão original dos livros, Mickey Haller é sarcástico, contido e costuma encarar a vida com um certo niilismo. Mesmo em momentos extremos, como sua experiência na prisão, o personagem raramente demonstra emoções de forma aberta.

Na série da Netflix, por outro lado, Mickey é apresentado como um homem mais acessível emocionalmente. A interpretação de Manuel Garcia-Rulfo imprime uma camada de vulnerabilidade ao personagem, que expressa dor, alegria e raiva com mais liberdade.

Essa característica, que funcionou bem nas temporadas anteriores, pode tornar a experiência do personagem na prisão ainda mais difícil de acompanhar. Ver esse mesmo personagem em um contexto de medo, incerteza e isolamento deve provocar uma resposta emocional mais intensa em quem assiste.

A prisão como ponto de ruptura

Nos livros, mesmo preso e enfrentando acusações graves, Mickey evita falar abertamente sobre seus sentimentos. Há poucos momentos em que ele admite estar assustado, e boa parte do tempo tenta se manter impassível.

Na adaptação televisiva, essa abordagem pode ser abandonada para preservar a coerência com a construção emocional feita até aqui. Caso a série opte por manter Mickey expressivo mesmo na prisão, isso deve tornar sua experiência ainda mais angustiante para o espectador.

Por outro lado, se os roteiristas decidirem retratar um Mickey emocionalmente fechado durante essa fase, a mudança brusca de comportamento também pode ser desconcertante.

Em ambos os cenários, a jornada do protagonista tende a ser uma das mais desafiadoras e intensas da série até aqui. E essa escolha criativa, embora coerente com a atuação de Garcia-Rulfo, pode tornar a temporada emocionalmente mais difícil para o público.

 
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