Fidelidade

O Cavaleiro dos Sete Reinos conserta os maiores deslizes de A Casa do Dragão

HBO aposta em leveza e emoção

O Cavaleiro dos Sete Reinos conserta os maiores deslizes de A Casa do Dragão

Será que finalmente um derivado de Game of Thrones vai acertar em cheio? Pois é, depois das críticas e comparações que A Casa do Dragão enfrentou, a HBO parece ter aprendido a lição.

O Cavaleiro dos Sete Reinos, nova série derivada de Westeros, promete corrigir os erros do passado e entregar algo totalmente novo, sem perder o que os fãs mais amam nesse universo.

Um novo Westeros, com alma própria

O Cavaleiro dos Sete Reinos se passa cerca de 100 anos antes de Game of Thrones e 80 anos após A Casa do Dragão. A série vai adaptar as histórias curtas de Dunk e Egg, escritas por George R.R. Martin, mostrando uma Westeros diferente, mais leve, mas ainda cheia de dilemas morais.

E já começa bem: ao contrário de A Casa do Dragão, que parecia viver à sombra da série original, esse novo derivado quer ter sua própria identidade. O tom mais aventureiro e até cômico de Dunk e Egg promete um respiro entre tantas tramas políticas e tragédias familiares.

Vale lembrar que a HBO planeja apenas seis episódios de cerca de 30 minutos cada. Isso mesmo, uma série curta, direta e centrada nos personagens. É um formato ousado, e talvez justamente o que faltava para dar novo fôlego a esse universo tão explorado.

Adeus à trilha clássica e à comparação automática

Quando A Casa do Dragão estreou com a mesma trilha de abertura de Game of Thrones, muita gente estranhou. O que parecia homenagem acabou soando preguiçoso, como se a série tivesse medo de caminhar com as próprias pernas.

Pois O Cavaleiro dos Sete Reinos não vai repetir esse erro. A HBO decidiu abandonar completamente o icônico tema de Ramin Djawadi, uma escolha ousada, mas necessária. Essa decisão cria uma separação imediata: o público vai entender que se trata de outra história, outro tom, outro ritmo.

E se você está se perguntando se não vai sentir falta daquele “tan-tan-tan-tan”, talvez se surpreenda. A nova trilha deve ser mais intimista, refletindo o espírito cavaleiresco e o humor das aventuras de Dunk e Egg.

Fiel às páginas de George R.R. Martin

Um dos grandes pecados de Game of Thrones e, em parte, de A Casa do Dragão, foi se distanciar das obras de Martin. No primeiro caso, a série ultrapassou os livros e se perdeu em seu próprio final; no segundo, preencheu lacunas com material inventado, nem sempre convincente.

Agora, a HBO promete não sair da trilha. O Cavaleiro dos Sete Reinos adapta histórias já completas, com começo, meio e fim. Isso significa que o roteiro não precisará inventar caminhos apressados ou personagens desnecessários para esticar temporadas.

Essa fidelidade promete algo raro nas produções de Westeros: coesão. A trama deve se concentrar em Dunk, o cavaleiro errante, e seu escudeiro Egg, que mais tarde se tornará um rei lendário.

O tom leve que faltava em Westeros

E se Westeros tivesse humor? Essa é a pergunta que O Cavaleiro dos Sete Reinos parece fazer. Os primeiros trailers já mostram Dunk e Egg trocando piadas e vivendo situações quase de comédia de aventura. Um contraste enorme com o tom sombrio de A Casa do Dragão.

Mas não se engane: leveza não significa superficialidade. A série deve explorar temas de honra, lealdade e desigualdade, tudo pelo olhar de personagens mais comuns, e não de reis e rainhas. É como olhar para o mesmo mundo, mas do chão, não do trono.

Talvez seja exatamente isso que faltava: humanidade. Enquanto A Casa do Dragão mergulhava em traições e incestos, O Cavaleiro dos Sete Reinos promete emoção genuína e personagens com os quais o público pode se conectar de verdade. E convenhamos, após tanto sangue e política, um pouco de alma faz bem.

O Cavaleiro dos Sete Reinos chega no dia 18 de janeiro de 2026 na HBO Max.

 
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