Desde que Round 6 virou um fenômeno global, muitos fãs seguem em busca de um novo k-drama com o mesmo nível de tensão, crítica social e personagens marcantes. Agora, em 2025, a Netflix parece ter ouvido esse apelo e lançou Karma, um suspense psicológico que não só entrega tudo o que a série anterior ofereceu, mas ainda traz de volta um dos nomes mais fortes do elenco original.
Com reviravoltas surpreendentes, um elenco de peso e uma história que prende até o último episódio, Karma é mais do que uma alternativa, é uma experiência que merece atenção.
Karma é a resposta perfeita para quem sente falta de Round 6
Lançado em 2021, Round 6 não foi apenas mais uma série coreana. Foi o divisor de águas que fez o mundo olhar com outros olhos para os k-dramas. Seu impacto foi tão grande que muitos consideram a produção como a responsável por popularizar o gênero thriller coreano fora da Ásia. Com um enredo envolvente, personagens complexos e uma crítica social afiada, a série dominou conversas e rankings globais.
Karma, o novo original coreano da Netflix, parece seguir esse legado, mas sem o imitar. Ao invés de jogos de sobrevivência, a série opta por um suspense mais psicológico, onde seis personagens têm seus destinos entrelaçados após um evento que muda completamente suas vidas.
Cada episódio revela novas camadas da trama, e o roteiro, amarrado com precisão, garante que tudo faça sentido no final. Não é só uma boa série: é um verdadeiro quebra-cabeça emocional.
Park Hae-soo brilha mais uma vez como figura ambígua
Se você achava que Park Hae-soo já havia entregue tudo com sua performance como Cho Sang-woo em Round 6, prepare-se para ser surpreendido. Em Karma, ele interpreta Kim Beom-jun, também conhecido como “O Testemunho”, um vigarista sofisticado que tenta extorquir um médico inocente. Mas, claro, nada é tão simples quanto parece.
Ao longo dos episódios, o passado do personagem é revelado em fragmentos, criando uma trajetória marcada por escolhas duvidosas e ambição. Park Hae-soo, como sempre, domina a tela com uma atuação intensa, cheia de nuances, que nos faz questionar constantemente se devemos odiá-lo ou compreendê-lo. A série acerta em cheio ao escalar alguém com tanta presença e talento para carregar boa parte da tensão dramática da história.
A força do elenco vai além do protagonista
Karma não se apoia apenas no talento de Park Hae-soo. O elenco principal conta ainda com Shin Min-a (Hometown Cha-Cha-Cha) e Gong Seung-yeon (The Responders), dois nomes que já provaram sua força em produções anteriores. A direção fica por conta de Lee Il-hyung, conhecido por sua habilidade em conduzir narrativas que exigem profundidade emocional e ritmo envolvente.
O trio de protagonistas é o coração da série, e a dinâmica entre eles, marcada por tensão, cumplicidade e segredos, é um dos grandes trunfos da produção. O mais interessante é como Karma trabalha seus personagens de forma igualitária: todos têm arcos bem desenvolvidos, motivações compreensíveis e um passado que influencia diretamente o presente.
Karma entrega tensão com inteligência e originalidade
Ao contrário de muitas séries que apostam no excesso de ação para prender o público, Karma aposta no mistério e na construção gradual da tensão. A narrativa é estruturada para cada episódio revelar um pouco mais da conexão entre os personagens, criando um efeito dominó de revelações.
Essa abordagem funciona porque o roteiro respeita a inteligência do espectador. Nada é jogado na tela gratuitamente. Cada detalhe importa, cada diálogo tem propósito, e os plot twists, ao contrário de outras séries que parecem forçados, fazem realmente sentido. Isso faz com que o público fique envolvido do início ao fim, tentando prever o que vem a seguir, mas sendo surpreendido de forma genuína.
Karma e Round 6: diferentes, mas com o mesmo peso dramático
Apesar das diferenças na estrutura narrativa, Karma e Round 6 compartilham mais semelhanças do que se imagina. Ambas abordam o tema da ganância humana e mostram como, diante da possibilidade de perder tudo, muitos personagens abandonam qualquer senso de moralidade. Essa quebra de valores é o que torna ambas as produções tão envolventes.
Mas enquanto Round 6 usa um jogo mortal como metáfora, Karma escolhe o cotidiano como campo de batalha. E isso, por incrível que pareça, pode ser ainda mais assustador, porque nos aproxima dos personagens e dos dilemas que eles enfrentam. Afinal, quem nunca tomou uma decisão questionável acreditando que era “pelo bem maior”?
Karma já figura entre os mais assistidos da Netflix
O sucesso não demorou a chegar. Karma rapidamente entrou no Top 10 Global de séries não faladas em inglês da Netflix, figurando atualmente na 5ª posição. E não é difícil entender o motivo: a série entrega tudo o que o público gosta, mistério, tensão, personagens complexos e uma história com começo, meio e fim bem definidos.
É um exemplo claro de como os k-dramas seguem em alta e continuam inovando no gênero thriller. Para quem busca uma produção de qualidade, com roteiro inteligente e atuações memoráveis, Karma é um prato cheio.
Karma e Round 6 estão disponíveis na Netflix.