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It: Bem-vindos a Derry: Os maiores easter eggs de Stephen King no 1º episódio

O primeiro episódio do prelúdio de It traz uma enxurrada de referências diretas

It: Bem-vindos a Derry: Os maiores easter eggs de Stephen King no 1º episódio

O primeiro episódio de It: Bem-vindos a Derry, nova série da HBO, está repleto de easter eggs e homenagens às obras de Stephen King. Dirigido por Andy Muschietti, o capítulo apresenta uma Derry dos anos 1960 cheia de segredos, pistas e alusões que atravessam décadas da literatura de King.

A série funciona como um prelúdio direto dos filmes It: A Coisa e It: Capítulo Dois, expandindo os eventos citados nos longas e trazendo novos personagens para o centro da narrativa. A mistura entre elementos dos filmes e trechos originais dos livros cria uma experiência rica para quem conhece a obra e se torna um convite intrigante para novos espectadores.

1. A família Hanlon e os ancestrais do Clube dos Otários

Logo no início, o sobrenome Hanlon chama atenção: Major Leroy Hanlon é o avô de Mike Hanlon, um dos membros do Clube dos Otários. O personagem é retratado como um veterano de guerra que tenta proteger a família enquanto a cidade mergulha em caos.

Outra referência marcante surge na escola, onde o nome Alvin Marsh aparece rabiscado em uma porta de banheiro. Os fãs reconhecerão o pai abusivo de Beverly Marsh, cuja presença é um presságio das violências que marcarão o futuro da cidade. Há ainda uma menção a Teddy Uris, parente do sensível Stanley Uris.

2. Locais clássicos: Standpipe e Juniper Hill

Dois cenários emblemáticos do universo King voltam com destaque. O Standpipe, a torre d’água que aparece tanto no livro quanto na minissérie de 1990, é retratada como ponto central dos eventos, conectando-se diretamente à primeira aparição de Pennywise.

Já o Juniper Hill Asylum, hospital psiquiátrico recorrente nas histórias do autor, é mencionado pela personagem Lilly, reforçando a sensação de que o terror de Derry se espalha por toda a região do Maine.

3. Referências a outros contos

Entre as cenas mais grotescas do episódio estão as mortes que remetem a dois contos de Stephen King: “O Triturador” (The Mangler) e “O Dedo Semovente” (The Moving Finger).

O trágico acidente que tira a vida do pai de Lilly é uma clara homenagem ao conto “O Triturador” (The Mangler). Assim como no texto original, uma máquina industrial se transforma em instrumento de morte. Já a sequência em que um dedo ensanguentado surge pelo ralo da banheira reflete o terror surreal do segundo conto.

4. As tartarugas e os sinais de Maturin

O episódio está repleto de referências a tartarugas, símbolo da entidade cósmica Maturin, o oposto de Pennywise no universo de King. Há cartazes escolares com a frase “Bert the Turtle says duck and cover”, um pingente em formato de tartaruga e até um brinquedo que carrega o mesmo símbolo.

Essa simbologia contrapõe a destruição trazida por Pennywise, indicando que o bem também age nas sombras, mesmo que de forma sutil, e reforçam o equilíbrio entre o bem e o mal dentro da mitologia criada pelo autor.

5. Dick Hallorann e o elo com O Iluminado

Uma das conexões mais importantes é a presença do jovem Dick Hallorann, personagem de O Iluminado. Na série, ele aparece como um dos fundadores do bar The Black Spot, incendiado em um ataque racista, citado tanto em It quanto em O Iluminado. Sua habilidade de “brilhar”/”iluminar” é sugerida, estabelecendo a ponte entre as duas obras e ampliando o conceito do “shine” dentro do universo compartilhado de King.

6. Cultura pop e metalinguagem

Os fãs atentos vão notar várias referências ao cinema e aos quadrinhos. No quarto de Teddy, há pôsteres de filmes como O Monstro da Lagoa Negra e revistas de Batman e The Flash, uma piscadela ao envolvimento de Andy Muschietti com a DC Studios.

7. Filmes dentro do filme: The Music Man e The Devil at 4 O’Clock

O episódio começa com uma exibição de Vendedor de Ilusões e termina com A Hora do Diabo. Ambos funcionam como metáforas, pois o primeiro aborda a manipulação de adultos que ignoram as crianças, enquanto o segundo retrata uma comunidade que abandona os jovens à própria sorte diante de uma tragédia.

Um prelúdio repleto de homenagens

O primeiro episódio de It: Bem-vindos a Derry deixa claro que a série pretende celebrar o universo de Stephen King em todos os seus detalhes. Cada referência funciona como uma peça desse universo de medo e nostalgia.

Com tantos acenos sutis e conexões diretas, Derry se torna o verdadeiro coração do multiverso de King e, se o episódio de estreia já entrega tanto material para os fãs explorarem, o restante da temporada deve mergulhar ainda mais fundo nos mistérios que alimentam o medo eterno da cidade.

 
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