Fundação retorna ao Apple TV+ em julho com a estreia de sua terceira temporada, prometendo avançar em direções ousadas. A série, inspirada na obra de Isaac Asimov, tem conquistado tanto fãs antigos quanto novos espectadores, mesmo com as alterações significativas em relação aos livros.
Ao optar por um formato mais centrado nos personagens, a produção se distancia da abordagem conceitual original de Asimov, o que permite maior liberdade criativa. Essa escolha tem gerado surpresas desde a primeira temporada e prepara o terreno para eventos imprevisíveis no novo ano.
Mudanças drásticas no enredo e nos personagens
A adaptação da Apple TV+ não se prende à cronologia dos livros e, com isso, abre espaço para desdobramentos inéditos. Alterando gênero, destino e papel de personagens clássicos, a trama introduziu acontecimentos como o assassinato de Hari Seldon e um atentado terrorista em Trántor.
Um dos momentos mais impactantes foi a morte de Salvor Hardin no fim da segunda temporada. A personagem, que deveria permanecer viva por mais tempo segundo visões anteriores, sacrificou-se para salvar Gaal, encerrando sua jornada de forma abrupta e emocional.
Essa decisão arriscada rompe com expectativas baseadas tanto nos livros quanto nos próprios eventos da série. Segundo o showrunner David S. Goyer, a mudança foi feita para intensificar o impacto dramático da conclusão.
Demerzel toma o controle do Império
A conselheira robótica Demerzel aumentou seu poder de forma decisiva. Ao final da temporada anterior, ela executou três dos clones Cleon, incriminou a Rainha Sareth por tentativa de assassinato e criou uma nova linhagem de clones.
Agora em posse do Raio Prime de Hari Seldon, Demerzel se tornou a figura mais influente do Império. Mesmo agindo sob diretrizes de programação, suas ações suscitam dúvidas sobre um possível plano próprio, o que deve ser explorado nos novos episódios.
O Mulo e o salto temporal
O Mulo, figura chave na mitologia da obra, foi apresentado em uma visão de Gaal. A entidade, capaz de manipular emoções e subjugar planetas inteiros sem precisar de força militar, é descrita como uma anomalia que ameaça todo o plano de Hari Seldon.
Com sua aparição, a série avisa que está prestes a mudar de escala. A previsibilidade proposta pela psico-história se torna instável, e a existência de um ser como o Mulo coloca em risco o equilíbrio cuidadosamente planejado pelas Fundações.
Para enfrentá-lo, Gaal e Hari decidem entrar em sono criogênico e despertar um século depois, dando à terceira temporada um salto temporal significativo.
A criação da Segunda Fundação
Antes de adormecer, Gaal dá início à formação da Segunda Fundação no planeta Ignis. Diferente do plano original, que previa um papel silencioso para essa organização, agora ela é pensada como uma força ativa na resistência contra o Mulo.
A nova Fundação também funciona como refúgio para Mentalistas, pessoas com habilidades similares às do vilão. Com isso, a série estabelece uma nova dinâmica de confronto entre poderes telepáticos, algo que não foi explorado nos livros com tanta intensidade.
Expectativas para a nova fase
A terceira temporada estreia em 11 de julho e contará com episódios semanais. A expectativa é que a série mantenha sua abordagem visual sofisticada e seu ritmo de narrativas paralelas, agora ampliadas por conta do salto temporal.
Apesar das divergências com os livros, Fundação segue conquistando o público por apostar em construções originais e por não se limitar à previsibilidade das adaptações tradicionais.
Com a introdução definitiva do Mulo, o crescimento da influência de Demerzel e a formação da Segunda Fundação, a temporada tem potencial para ser a mais impactante até agora.