A ascensão de personagens imprevisíveis à trama costuma provocar grandes reviravoltas, e é justamente isso que deve acontecer na terceira temporada de Fundação.
A produção do Apple TV+, baseada na obra de Isaac Asimov, retorna neste mês com um novo antagonista central, o Mulo, uma figura que promete abalar a estrutura da galáxia e marcar um novo rumo para a história.
Enquanto o Império se mostra cada vez mais vulnerável, principalmente com o desgaste visível de Brother Day e seu conflito com Demerzel, surge um novo fator de risco.
O Mulo, uma anomalia dentro do sistema previsto pela psico-história de Hari Seldon, deve assumir o centro da narrativa a partir de agora. O personagem será vivido por Pilou Asbæk, ator conhecido por interpretar Euron Greyjoy em Game of Thrones.
O impacto do Mulo e os paralelos com Game of Thrones
O Mulo já havia sido brevemente apresentado no final da segunda temporada, interpretado então por Mikael Persbrandt. Agora, com a chegada de Pilou Asbæk ao elenco, o personagem deve ganhar dimensão logo nos primeiros episódios.
O trailer da nova temporada reforça seu protagonismo como força desequilibrante e imprevisível, uma característica que o aproxima muito do que foi Euron na série da HBO.
Na trama original de Asimov, o Mulo representa uma ruptura com os planos matemáticos que previam o futuro da civilização. Como um Mentalista com poderes mentais raros, ele é a encarnação do caos dentro de um sistema estruturado.
As semelhanças entre o Mulo e Euron não param no perfil destrutivo. Ambos surgem em mundos com regras bem definidas para romper totalmente com elas.
No caso de Euron, sua representação na série de TV acabou se distanciando do material original, gerando críticas por não explorar todo o potencial do personagem.
A nova chance de Pilou Asbæk como vilão
Embora sua passagem por Game of Thrones tenha sido marcada por um vilão caricatural, isso se deve mais à forma como a história foi conduzida do que ao desempenho do ator.
Pilou Asbæk demonstrou carisma e presença cênica, e Fundação agora representa uma oportunidade para entregar uma versão mais complexa e ameaçadora de um antagonista.
O sucesso da temporada depende diretamente da recepção ao Mulo. É ele quem deve desequilibrar o embate entre o Império e a Fundação, reconfigurando alianças e redefinindo o destino de diversos personagens.
A produção também passa por mudanças nos bastidores, com a entrada de um novo showrunner e o objetivo claro de manter a qualidade apresentada nos últimos episódios da segunda temporada.
A expectativa é que a terceira fase da série mantenha o equilíbrio entre o rigor conceitual de Asimov e a dramaticidade exigida pelas adaptações televisivas.
Com estreia marcada para 11 de julho, Fundação chega ao Apple TV+ com episódios semanais durante dois meses.