
O encerramento da terceira temporada de Fundação trouxe um episódio repleto de viradas dramáticas, intrigas políticas e revelações que alteram completamente os rumos da saga. Com cada núcleo vivendo sua própria crise, o desfecho conectou os principais personagens em momentos decisivos que moldam o futuro da galáxia.
Enquanto Gaal Dornick enfrentava o Mulo em um combate mental e físico intenso, Trantor assistia à implosão do Império com os Cleons em guerra interna. O episódio costura essas linhas narrativas de forma a mostrar que nenhuma frente está livre do caos, e que cada escolha individual provoca consequências devastadoras.
O confronto de Gaal com o Mulo
A temporada construiu o inevitável encontro entre Gaal e o Mulo, mas a batalha não saiu como ela havia previsto em suas visões. Embora conseguisse derrotar o inimigo aparente, logo descobre que o homem que matou não era o verdadeiro Mulo. Esse choque abre espaço para a revelação de que Bayta, sob influência mental, é usada como arma contra Gaal, com a ajuda de Pritcher já dominado pelo vilão.
A luta psicológica ganha intensidade quando Bayta tenta manipular Gaal por meio de sonhos e memórias. Porém, a virada acontece quando Magnifico, instruído secretamente por Gaal, toca uma melodia que rompe a influência do Mulo. Nesse momento, Gaal consegue escapar do domínio inimigo, deixando claro que a ameaça ainda não foi totalmente eliminada.
O destino de Demerzel e dos Cleons
Enquanto isso, em Trantor, Dusk enfrenta seu próprio dilema. Recusando-se a aceitar a morte ritual, ele invade os laboratórios onde são mantidos os clones da dinastia e destrói tudo, rompendo o ciclo de sucessão. Em meio à confusão, coloca um bebê Cleon em risco, forçando Demerzel a intervir.
Presos pela programação que a obriga a proteger o Império, os instintos de Demerzel a levam a se sacrificar para salvar a criança. Em uma cena brutal, ela é consumida pelo feixe que deveria marcar o fim de Dusk, levando consigo o bebê. O Prime Radiant sobrevive, mas a queda da guardiã robótica marca o colapso da estrutura que mantinha o poder centralizado.
A ascensão de Brother Darkness
Com Day mortalmente ferido e Demerzel destruída, Dusk assume uma nova identidade. Vestindo mantos negros, ele se proclama Brother Darkness e ordena a eliminação dos tronos de seus irmãos. Agora sozinho, governa o Império de maneira absoluta, encerrando séculos de equilíbrio dinástico e abrindo caminho para um futuro incerto.
Essa transformação representa não apenas a queda do sistema de clones, mas também a consolidação de um governante disposto a romper qualquer tradição para manter o poder. O assassinato de Day, seguido da ordem fria de descartar o corpo, evidencia sua completa ruptura com a antiga linhagem Cleônica.
O destino da Segunda Fundação
Enquanto o Império desmorona, o núcleo da Segunda Fundação encontra uma saída estratégica. Sob a liderança de Preem Palver, o grupo deixa Ignis para se esconder em um local inesperado: Trantor. A manobra garante segurança temporária contra o Mulo, já que ninguém imaginaria a presença deles no coração do Império.
A chegada de Quent à biblioteca, portando o nono teorema de Kalle, marca sua entrada definitiva no círculo secreto da Segunda Fundação. Esse movimento reforça que o embate contra o Mulo ainda está longe de terminar, mas agora com novas peças posicionadas no tabuleiro galáctico.
O mistério final: Kalle e o robô lunar
No desfecho, uma cena pós-clímax amplia ainda mais o horizonte da trama. Um robô é reativado a partir das ações de Day e, ao despertar, envia um sinal que é recebido por Kalle e uma figura robótica misteriosa na Lua, com a Terra ao fundo.
A revelação sugere que a série começará a explorar os eventos de Fundação e Terra, conectando a mitologia de Asimov a novos caminhos narrativos. O vínculo entre Kalle e esse robô, possivelmente relacionado a Daneel Olivaw, indica que forças muito mais antigas e poderosas estavam influenciando os destinos da humanidade desde o início.