The Last of Us encerrou sua segunda temporada no último domingo (25) e gerou reações mistas entre os fãs. No entanto, o episódio evitou adaptar para a série um momento polêmico do game para não gerar controvérsias.
De modo geral, os jogos são repletos de violência, mas esse acontecimento que vamos explicar a seguir é perturbador. Tudo acontece quando Ellie encontra uma cadela chamada Alice, que a ataca. Assim, Ellie toma uma atitude extrema: ela esfaqueia a cadela. Embora ela estivesse se defendendo, seria inapropriado mostrar essa cena.
O criador Craig Mazin explicou a decisão de não trazer esse acontecimento do jogo para a série. Segundo ele, isso poderia gerar aversão entre os fãs tanto pela produção quanto pela personagem Ellie.
“Por ser live action, a natureza da violência se torna muito mais gráfica. É mais gráfica porque não há uma animação entre você e a cena, são pessoas, e é muito perturbador. Sabíamos que o que aconteceria com Mel era perturbador, e com Owen, e também o que tinha acabado de acontecer com Ellie era perturbador”, explica Mazin.
O criador continuou: “Lembro-me de ter tido essa conversa com o pessoal da plateia quando estávamos mostrando uma vítima de queimadura de radiação em
Chernobyl pela primeira vez, e a câmera simplesmente se moveu para o fundo e mostrou tudo. E nós pensamos: ‘Temos, mas por que não mostramos só um pouquinho?’. Agora parece que estamos atormentando o público e quase nos tornando pornográficos, então você não quer se sentir explorador, não quer se sentir como se tivesse cruzado algum limite, então você faz algumas escolhas.”
As duas primeiras temporadas de The Last of Us estão disponíveis na Max. A série está renovada para um terceiro ano, que ainda não tem data de estreia.