
Depois de tantas temporadas no ar, é natural que mudanças façam parte da rotina de Chicago Fire. Ainda assim, quando essas mudanças envolvem a saída de personagens queridos, o impacto é difícil de ignorar.
A série já passou por diversas reformulações ao longo dos anos, mas a possível despedida de dois integrantes importantes promete afetar mais do que apenas a escalação do elenco.
Mesmo sem uma renovação oficial para a 14ª temporada, tudo indica que a NBC continuará investindo na franquia One Chicago. Chicago Fire, Chicago P.D. e Chicago Med seguem como pilares da grade de programação. Porém, o que chama atenção agora não é a renovação em si, mas os cortes que vêm sendo feitos nos bastidores.
De acordo com o site Deadline, Daniel Kyri (Darren Ritter) e Jake Lockett (Sam Carver) devem deixar a série ao final da atual temporada. A informação ainda não foi confirmada pela emissora, mas diversas fontes já apontam a decisão como parte de uma estratégia mais ampla de contenção de gastos, que inclui a redução do número de episódios para alguns atores e, agora, o afastamento definitivo de personagens inteiros.

Redução de elenco e impacto narrativo
As saídas de Ritter e Carver têm consequências que vão além dos cortes orçamentários. Ritter, por exemplo, vinha sendo deixado de lado nos roteiros recentes, mesmo tendo potencial para desenvolver histórias mais profundas.
Além de representar a comunidade queer e personagens negros dentro da série, sua exclusão reforça um padrão preocupante de personagens diversos sendo descartados antes de seu pleno desenvolvimento.
Já Carver estava em meio a um arco romântico com Violet, que vinha sendo construído como uma das possíveis novas apostas afetivas da série. Com casais antigos já encerrando suas trajetórias, essa nova relação poderia ser um ponto de renovação importante para Chicago Fire.
Mesmo com o argumento dos cortes financeiros, é difícil justificar as demissões com base apenas nisso. A forma como esses personagens foram utilizados – ou ignorados – nos episódios recentes mostra uma falta de planejamento mais ampla. Ao invés de integrarem os arcos principais, foram gradualmente deixados de lado, o que parece uma decisão pensada para facilitar a retirada futura.

Despedida precisa ser à altura
Faltando poucos episódios para o fim da 13ª temporada, o que resta aos fãs é torcer por uma despedida digna. Nem Ritter nem Carver merecem ser retirados da narrativa de forma abrupta ou trágica. Ambos têm histórias em aberto e conexões importantes com outros personagens, e seria um desperdício encerrá-las de maneira rasa ou incoerente.
Existe espaço para encerramentos emocionantes sem recorrer à morte ou ao desaparecimento repentino. Transferências, aposentadorias ou mudanças pessoais podem ser soluções mais humanas e mais respeitosas com o legado que ambos construíram.
Se a série quiser manter a força emocional que sempre carregou, vai precisar cuidar melhor das suas despedidas. E, quem sabe, deixar uma porta aberta para que esses personagens possam voltar no futuro.