Ao longo de sua primeira temporada, Ballard construiu um retrato complexo da violência urbana e dos bastidores da justiça em Los Angeles. O que começa como uma série policial focada em crimes não resolvidos, rapidamente se transforma em um emaranhado de traições, corrupção e dores mal cicatrizadas.
Depois de avançar em dois casos centrais, o assassinato de Sarah Pearlman e a morte de Luis Ibarra, Ballard e sua equipe percebem que os crimes não são isolados. As peças começam a se encaixar, revelando um padrão sombrio entre eles. Mas, quando tudo parece prestes a se resolver, uma nova virada ameaça desestabilizar o grupo por completo.
O assassino de Sarah Pearlman
Ao investigar o caso de Sarah, morta em 2001, Ballard descobre um padrão que liga o crime à morte de outra jovem, Laura Wilson. Ambas foram atacadas por um mesmo homem, que utilizava uma van azul e agia com precisão cirúrgica. A investigação os leva a Gary Pearlman, pai da própria vítima.
A confirmação vem através de Naomi Bennett, uma sobrevivente que reconhece Gary como seu agressor. Confrontado com a possibilidade de ser identificado, ele foge, deixando um rastro de destruição.
Ainda assim, é Ballard quem consegue atraí-lo de volta, usando uma entrevista com Naomi como isca. Gary aparece na sede do departamento e tenta atacá-la, mas é surpreendido pela detetive e finalmente detido.
Durante o interrogatório, Gary revela seu ódio por mulheres bem-sucedidas e explica que Sarah não era sua filha biológica. A garota havia descoberto seus crimes e o confrontado, tornando-se mais uma de suas vítimas.
A captura do assassino, no entanto, está longe de encerrar os problemas enfrentados por Ballard.
A queda de Robert Olivas
Paralelamente, a protagonista precisa lidar com o fantasma de Robert Olivas, policial que a assediou no passado e que continua operando dentro da corporação. Ao lado de Samira Parker, Ballard retoma o caso e descobre que ele está envolvido com uma rede de contrabando interna.
Apesar de ser preso, Olivas consegue um acordo e é libertado, o que leva Ballard a confrontá-lo diretamente. Pouco depois, ele é encontrado morto e a detetive acaba sendo presa como principal suspeita. A prisão abrupta indica que alguém dentro da polícia está interessado em tirá-la do caminho.
A suspeita recai sobre o cartel, que já havia ameaçado outros personagens envolvidos com Olivas, mas há também a possibilidade de que Ballard esteja sendo usada como bode expiatório, com indícios plantados para incriminá-la.
A identidade do verdadeiro assassino permanece em aberto, alimentando teorias para uma possível segunda temporada.
O caso de Luis Ibarra
A investigação sobre Luis Ibarra, inicialmente tratado como um John Doe, também ganha destaque no fim da temporada. A equipe descobre que ele foi manipulado por Anthony Driscoll, um ex-policial que atuava como agente triplo entre o cartel, a polícia e informantes.
Driscoll mata Ibarra e tenta encobrir seus rastros, mas é desmascarado por Ballard. Em uma tentativa desesperada, ele invade a casa da detetive e tenta matá-la, mas acaba morto em um confronto direto. Mesmo assim, seu envolvimento deixa pontas soltas sobre a profundidade da corrupção policial.
Entre as vítimas colaterais está Ted Rawls, um dos membros mais antigos da equipe. Ele é morto por Gary Pearlman durante a fuga do assassino. Sua perda é sentida por todos e marca um ponto de virada emocional para o grupo, reforçando o clima de instabilidade no departamento.
Novas perguntas e um futuro incerto
Outro arco importante é o de Abril Cortez, viúva de Ibarra. Com ajuda da equipe, ela finalmente reencontra seu filho, Gael, que havia sido entregue a um orfanato. A cena do reencontro oferece um dos poucos momentos de esperança em meio ao caos.
Apesar das conquistas da divisão, o encerramento da temporada deixa mais perguntas do que respostas. A prisão de Ballard, a atuação do cartel e a existência de agentes infiltrados dentro da polícia criam um clima de incerteza que abre caminho para novos desdobramentos.
Com sua protagonista em situação crítica e uma equipe fragilizada, Ballard encerra sua primeira temporada com bons ganchos para uma continuação.