No aguardado anúncio das indicações à 77ª edição do Emmy Awards, divulgado em 15 de julho, a série A Diplomata conquistou uma posição de destaque ao figurar entre as nomeadas na categoria de Melhor Série Dramática. A produção divide espaço com títulos de peso como Andor, The Last of Us, Ruptura (Severance), Slow Horses e The White Lotus, compondo uma seleção que reflete o alto nível da dramaturgia televisiva contemporânea. A nomeação de A Diplomata confirma seu prestígio crescente e consolida seu lugar entre os dramas mais influentes e aclamados da temporada.
Por sua vez, Slow Horses, produção original da Apple TV+, também se destacou com uma indicação na mesma categoria, reafirmando sua relevância no panorama das séries de espionagem e suspense político. O prestígio da série foi ampliado pela nomeação de Gary Oldman como Melhor Ator em Série Dramática, um reconhecimento à sua performance intensa e multifacetada, considerada por muitos como uma das mais marcantes da televisão em 2025.
A excelência das interpretações também foi ressaltada com a indicação de Keri Russell ao prêmio de Melhor Atriz em Série Dramática. Protagonista de A Diplomata, a atriz entrega uma atuação sofisticada e emocionalmente complexa, que tem sido amplamente elogiada pela crítica especializada e pelo público, contribuindo significativamente para o sucesso narrativo e artístico da série.
Além disso, Slow Horses recebeu mais um reconhecimento importante com a nomeação do roteirista Will Smith (o criador britânico, não o ator homônimo) na categoria de Melhor Roteiro em Série Dramática. O episódio intitulado “Hello Goodbye” foi o escolhido para representar a força narrativa e a construção refinada da série, evidenciando o equilíbrio entre tensão dramática e desenvolvimento psicológico dos personagens.
Andor
Andor, indicada ao Emmy de 2025, é uma envolvente série de suspense e espionagem ambientada no universo expandido de Star Wars. A produção acompanha Cassian Andor (Diego Luna), personagem já conhecido por sua participação em Rogue One, em uma narrativa densa e politicamente carregada que mergulha nos bastidores da insurgência contra o Império Galáctico.
Ambientada cinco anos antes dos eventos de Rogue One, a trama explora os primeiros movimentos da Rebelião e o amadurecimento ideológico de seu protagonista, revelando como um homem comum se transforma em uma peça-chave na luta pela liberdade. Ao lado do andróide K-2SO (Alan Tudyk), Andor enfrenta missões de alto risco, alianças duvidosas e dilemas morais que ampliam o tom sombrio e realista da série.
Com direção refinada, roteiro sofisticado e uma estética que se distancia da grandiosidade típica da saga para abraçar o drama político e humano, Andor oferece uma abordagem inovadora dentro da franquia. A série é elogiada por seu ritmo envolvente, atuações marcantes e construção de mundo detalhada — elementos que a consolidam como uma das produções mais aclamadas da nova fase do universo Star Wars. Onde ver: Disney+.
A Diplomata
A Diplomata, indicada ao Emmy de 2025, é um sofisticado thriller político que acompanha a trajetória de Kate Wyler (Keri Russell), uma diplomata experiente, conhecida por sua atuação em zonas de conflito, que se vê inesperadamente nomeada embaixadora dos Estados Unidos no Reino Unido em meio a uma crise internacional de grande escala. Acostumada aos bastidores da política externa, Kate é lançada, de forma abrupta, ao centro das atenções em um dos postos mais estratégicos do cenário global — e justamente quando sente que não está pronta para isso.
À medida que lida com negociações delicadas, tensões diplomáticas e ameaças que podem reconfigurar o equilíbrio mundial, Kate também enfrenta os desafios de seu conturbado casamento com Hal Wyler (Rufus Sewell), ex-embaixador e figura influente da diplomacia americana, cuja presença constante é tão útil quanto desestabilizadora. A relação entre os dois se torna mais uma arena de conflito — e de alianças táticas — dentro do labirinto político que ela precisa navegar.
Com uma trama afiada e diálogos precisos, A Diplomata equilibra com maestria os dramas da vida pessoal e os bastidores do poder, construindo uma protagonista complexa, que precisa se redescobrir em meio a pressões institucionais, jogos de influência e expectativas de uma elite global. A série se destaca não apenas pela atuação intensa de Keri Russell, mas também pela abordagem crítica e contemporânea da geopolítica, dos papéis de gênero e da diplomacia como teatro de guerra sem armas aparentes. Onde ver: Netflix.
The Last of Us
The Last of Us, indicada ao Emmy de 2025, é uma poderosa e sombria distopia da HBO baseada na aclamada franquia de videogames criada por Neil Druckmann. Com produção meticulosa e narrativa cinematográfica, a série mergulha em um futuro pós-pandêmico devastador, no qual um surto fúngico transformou boa parte da população em criaturas violentas e canibais, levando a civilização à beira do colapso. Décadas após o início da epidemia, os sobreviventes vivem sob regimes autoritários em zonas de quarentena ou vagam por territórios selvagens e desolados, marcados pela perda e pelo medo constante.
É nesse cenário brutal que conhecemos Joel (Pedro Pascal), um homem endurecido pelas cicatrizes do passado, que aceita uma missão aparentemente simples, mas com consequências imprevisíveis: escoltar a jovem Ellie (Bella Ramsey) para fora de uma zona de contenção militarizada. Ellie, apesar de ter sido exposta ao vírus, não apresenta sintomas, o que desperta a suspeita de que ela possa ser imune. O que começa como um trabalho logístico se transforma em uma jornada emocional e perigosa pelos escombros da América, onde cada encontro testa os limites da humanidade e da esperança.
À medida que Joel e Ellie atravessam paisagens desoladas e confrontam tanto infectados quanto os horrores cometidos por outros sobreviventes, nasce entre eles uma relação profunda e comovente. A busca por um grupo rebelde — as Vagalumes — se torna também uma busca por redenção, afeto e sentido em um mundo despedaçado. A possibilidade de que Ellie seja a chave para a cura faz da missão algo muito maior do que os dois poderiam imaginar.
Com atuações intensas, direção precisa e um roteiro que equilibra com maestria ação, emoção e crítica social, The Last of Us transcende as expectativas de uma adaptação de videogame. A série se destaca como um drama humano de grande profundidade, onde o terror do apocalipse é apenas o pano de fundo para questões mais íntimas e universais sobre sobrevivência, perda, amor e sacrifício. Onde ver: Prime Video/ Max.
Paradise
Paradise, uma série criada por Dan Fogelman — conhecido pelo sucesso This Is Us — é um suspense envolvente que se passa em uma comunidade luxuosa e aparentemente pacífica, habitada por algumas das pessoas mais influentes e poderosas do mundo. Entre eles está Cal Bradford (James Marsden), o carismático presidente dos Estados Unidos, que busca tranquilidade ao final de seu segundo mandato.
A serenidade do local é abalada de forma brutal quando Cal é encontrado morto, configurando o primeiro assassinato na história daquela cidade exclusiva. A descoberta do corpo é feita por Xavier Collins (Sterling K. Brown), o dedicado segurança pessoal do presidente, que rapidamente se torna o principal suspeito. A partir daí, Xavier se vê envolvido em uma investigação implacável, marcada por interrogatórios rigorosos e revelações perturbadoras.
Conforme a trama se desenrola, Xavier percebe que não pode confiar nem mesmo nas pessoas que antes considerava seus aliados, mergulhando em um labirinto de conspirações e segredos obscuros que ameaçam não só sua liberdade, mas a estabilidade da própria comunidade. A série combina mistério, drama político e thriller psicológico, explorando os limites da lealdade e do poder em um ambiente onde nada é o que parece.
Com um elenco estelar e roteiro intrincado, Paradise se destaca como uma produção sofisticada, que prende a atenção do público ao revelar camadas de intriga e tensão em cada episódio. Onde ver: Disney+.
The Pitt
The Pitt, indicada ao Emmy de 2025, é um drama médico intenso que mergulha nos desafios diários enfrentados pelos profissionais da saúde na cidade de Pittsburgh, Estados Unidos. Criada por John Wells e R. Scott Gemmill — nomes consagrados que também deram vida à icônica série ER: Plantão Médico —, a produção oferece uma narrativa realista e profunda sobre os sacrifícios, dilemas e o impacto emocional do trabalho hospitalar.
Situada em um hospital moderno da Pensilvânia, a série acompanha o Dr. Robby (Noah Wyle), assistente-chefe da sala de emergência, durante um exaustivo turno de 15 horas repleto de urgências médicas, decisões críticas e desafios humanos. A cada episódio, The Pitt expõe não apenas os dramas pessoais dos profissionais, mas também os conflitos políticos e estruturais que permeiam o sistema de saúde americano, trazendo à tona a pressão imensa sob a qual esses heróis cotidianos atuam.
Com roteiros envolventes e personagens complexos, a série destaca a resiliência, a empatia e a dedicação necessárias para cumprir a vocação médica em um ambiente que exige rapidez, precisão e compaixão. The Pitt não só homenageia esses trabalhadores na linha de frente, mas também promove uma reflexão necessária sobre as fragilidades e desafios do sistema de saúde contemporâneo. Onde ver: Max/ Prime Video.
Ruptura
Ruptura, indicada ao Emmy de 2025, é uma instigante série de suspense e ficção científica que explora os limites entre vida pessoal e profissional por meio de um procedimento experimental controverso. A trama gira em torno de cinco funcionários da empresa Lumen que aceitam submeter-se a uma intervenção radical: a separação permanente entre suas memórias pessoais e as relacionadas ao trabalho. Assim, enquanto estão no escritório, só têm acesso às lembranças do ambiente corporativo; ao voltarem para casa, suas experiências profissionais são completamente apagadas da mente.
No centro dessa narrativa está Mark S (Adam Scott), um dos primeiros participantes do experimento. Quando seu amigo e colega Petey (Yul Vazquez) é demitido misteriosamente, Mark começa a desconfiar das verdadeiras intenções por trás da Lumen. No entanto, ao deixar o escritório, ele esquece completamente tudo que viveu no ambiente de trabalho — um obstáculo que torna sua investigação ainda mais desafiadora.
Com uma atmosfera tensa e repleta de mistérios, Ruptura revela aos poucos uma conspiração obscura que perpassa a empresa, questionando os limites éticos da tecnologia e o preço da dissociação da identidade. A série se destaca pelo roteiro inteligente, atuações convincentes e uma reflexão profunda sobre o equilíbrio entre o eu pessoal e o profissional em um mundo cada vez mais dominado por máquinas e controle corporativo. Onde ver: Apple TV+.
Slow Horses
Slow Horses, indicada ao Emmy de 2025, apresenta uma visão pouco convencional do mundo da espionagem ao focar no Slough House, o departamento de despejo do MI5 — o Serviço de Inteligência Britânico. Liderados pelo irascível e brilhante Jackson Lamb (Gary Oldman), esses agentes relegados são aqueles que cometeram erros graves em serviço e, por isso, foram relegados ao setor menos prestigiado, encarregado das tarefas burocráticas e das operações menos glamourosas.
Apesar de serem considerados “desajustados” e descartados pela alta cúpula da inteligência britânica, Jackson sabe que cada um deles ainda carrega habilidades valiosas. Porém, a falta de treinamento para lidar com a monotonia administrativa gera situações imprevisíveis e tensas dentro do Slough House. Insatisfeitos com a rotina tediosa e o ostracismo, Lamb e sua equipe começam a buscar formas de retomar a ação, mesmo que à margem das ordens oficiais, arriscando-se durante longas noites para provar que ainda são capazes de enfrentar perigos reais.
Com humor ácido, suspense e personagens complexos, Slow Horses subverte os clichês do gênero e entrega uma narrativa inteligente sobre redenção, lealdade e segundas chances no mundo sombrio da espionagem internacional. Onde ver: Apple TV+.
The White Lotus
The White Lotus, indicada ao Emmy de 2025, é uma série que mistura humor ácido e drama sofisticado para desvendar as complexidades das relações humanas em um cenário de luxo e aparente perfeição. Ambientada durante uma semana em um resort da rede The White Lotus, a trama acompanha hóspedes e funcionários cujas vidas se entrelaçam em meio a tensões crescentes e situações inesperadas.
No centro do enredo está Armond (Murray Bartlett), o gerente do resort, que enfrenta as exigências extravagantes e muitas vezes irracionais dos visitantes, enquanto lida com suas próprias frustrações que ameaçam desestabilizar o ambiente cuidadosamente controlado. Paralelamente, Belinda (Natasha Rothwell), chefe do spa, vê-se envolvida em uma relação complexa e ambígua com Tanya (Jennifer Coolidge), uma socialite carismática, porém manipuladora.
Ao longo da série, jantares luxuosos e sessões de relaxamento dão lugar à revelação de segredos, conflitos de poder e desgastes emocionais, mostrando que o paraíso tropical é também palco de desigualdades, hipocrisias e dilemas morais. The White Lotus se destaca por sua abordagem crítica e irônica das dinâmicas sociais, explorando como o desejo de escapismo muitas vezes esconde tensões profundas e realidades incômodas. Onde ver: Max/ Prime Video.