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As Maldições: política, segredos e tensão chegam à Netflix nesta sexta

Minissérie argentina traz sequestro, disputas de poder e dilemas familiares

As Maldições: política, segredos e tensão chegam à Netflix nesta sexta

Chegou nesta sexta-feira (12) uma nova produção latino-americana na Netflix. A minissérie argentina As Maldições é baseada no livro homônimo de Claudia Piñeiro, publicado em 2017, e mergulha em um universo de intrigas políticas e segredos pessoais.

Com apenas três episódios, a obra se desenrola no norte da Argentina, explorando paisagens montanhosas, salares e vilarejos coloniais, tonando o cenário um lembrete do isolamento e pressão que circunda os personagens.

A crise que abala o governo

O enredo acompanha o governador Fernando Rovira (Leonardo Sbaraglia), cuja carreira política atinge um momento decisivo. Em meio à votação de uma lei sobre exploração de lítio, tema de grande impacto econômico e social na região, ele enfrenta o pior pesadelo possível: o sequestro de sua filha.

O desaparecimento acontece justamente quando sua permanência no poder está em jogo. A tensão entre o dever público e o drama pessoal se intensifica, colocando Rovira diante de escolhas que podem redefinir sua vida e seu futuro político. A princípio, as suspeitas recaem sobre adversários que buscam minar sua autoridade. No entanto, a investigação revela algo ainda mais perturbador.

Ao longo dos episódios, a série coloca em evidência como a busca pelo poder pode se chocar com os limites pessoais. Rovira é obrigado a medir até onde está disposto a ir para salvar a família sem abrir mão da carreira.

Esse embate entre ambição, dever e afeto transforma As Maldições em uma história que vai além do suspense, funcionando também como comentário sobre a fragilidade das estruturas políticas diante de crises íntimas.

Elenco e direção reconhecida

Além de Leonardo Sbaraglia, nomes como Mónica Antonópulos, Alejandra Flechner, Gustavo Bassani e Francesca Varela integram o elenco. A série também conta com participações de Emiliano Kaczka, Osmar Núñez, César Bordón e Roberto Suarez, reforçando a densidade da trama.

A direção fica a cargo de Daniel Burman e Martín Hodara, cineastas argentinos de prestígio, que trabalham para equilibrar o ritmo de suspense com os dilemas éticos que atravessam a narrativa.

Com apenas três episódios, a minissérie aposta em uma narrativa concisa, cada cena serve para adensar o mistério ou expor fissuras entre os personagens.

Filmada em San Salvador de Jujuy, a produção ainda utiliza a geografia local para criar uma identidade visual própria, que diferencia a obra de outras produções do gênero.