
Não dá para negar: Alan Ritchson está no topo hoje. Ele conquistou fãs no mundo inteiro como o durão Jack Reacher na série Reacher e divertiu muita gente com seu humor em Brooklyn Nine-Nine. Mas nem sempre foi assim. Antes de virar esse sucesso todo, o ator teve que enfrentar alguns papéis bem… constrangedores.
Prepare-se para conhecer esse lado desconhecido (e um tanto vergonhoso) da carreira de Ritchson, que mostra como até os grandes nomes de Hollywood já passaram por situações difíceis no início da jornada.

O papel mais estranho de Alan Ritchson
Sim, você não leu errado. Em 2012, Alan Ritchson apareceu em um episódio de Fred: The Show como a Expired Cow, uma vaca imaginária maligna que tinha como objetivo destruir o bolo que Fred precisava proteger. E olha que a trama só piora: para enfrentar a vaca, Fred treina com um biscoito falante e, no clímax, derrota a criatura usando música de trombone ruim. No final, a vaca explode.
Mas calma, tem mais. Alan Ritchson não apenas dublou ou emprestou sua voz para a personagem, ele vestiu um traje barato de vaca e passou minutos interpretando um vilão grotesco em frente às câmeras. Um papel que, olhando hoje, beira o cômico, mas que na época talvez tenha deixado um gosto amargo, principalmente considerando que ele já era conhecido por outro trabalho mais sólido, como Thad em Blue Mountain State.

Como Fred: The Show conseguiu ser tão ruim?
Para entender o fracasso, é preciso voltar à origem. Fred Figglehorn nasceu no YouTube, criado por Lucas Cruikshank, como um garoto hiperativo de voz fina. Apesar de irritante, o personagem conquistou fama, em parte, por suas histórias com um toque sombrio: uma mãe alcoólatra, um pai ausente, uma avó abusiva e vizinhos que o maltratavam. Quem via percebia haver algo além da superfície.
No entanto, ao migrar para a Nickelodeon, tudo foi suavizado. As entrelinhas desapareceram, os personagens antes fora de cena apareceram em tela, e o que restou foi apenas uma voz irritante em um mar de situações sem graça. O que poderia ter sido um humor ácido virou um show infantil sem brilho, com roteiros fracos e atuações forçadas. Não à toa, entrou para a lista das piores produções da TV.

Por que Alan Ritchson aceitou esse papel?
A grande pergunta é: o que levou Alan Ritchson a topar algo assim? A resposta pode estar no momento da carreira em que ele estava. Embora já tivesse um papel forte em Blue Mountain State, ele ainda não era um astro consolidado. Aceitar papéis diversos fazia parte do jogo, inclusive aqueles que hoje parecem bizarros.
Além disso, talvez houvesse ali um reconhecimento pelo esforço de Cruikshank, que surfava a onda do sucesso com Fred e aproveitava ao máximo a fama do personagem. Muitos atores, no começo da carreira, topam desafios pensando mais na exposição e no networking do que na qualidade do roteiro, e esse pode ter sido o caso aqui.

O contraste com o sucesso atual em Reacher
Ver Alan Ritchson como Jack Reacher hoje é quase impossível sem lembrar do passado. A transformação não foi apenas física (quem acompanha sabe o quanto ele treinou para viver o personagem), mas também de escolha de papéis. Em “Reacher”, ele entrega uma performance sólida, intensa, que conquistou fãs e crítica.
Esse contraste reforça uma das lições mais interessantes da carreira de qualquer ator: todos têm um começo. E, às vezes, esse começo é bem mais humilde e estranho do que gostaríamos de admitir. Mas são justamente essas fases que ajudam a moldar o profissional e mostram sua resiliência.