A Netflix estreou nesta sexta-feira (4) a minissérie espanhola Ángela, que aborda um caso de violência doméstica em meio a uma trama de suspense psicológico. Com seis episódios, a produção se junta ao catálogo internacional da plataforma e traz um enredo focado em abuso emocional e manipulação.
A série é protagonizada por Verónica Sánchez e apresenta uma narrativa fechada, ambientada em um cenário urbano que reforça o clima de tensão. Com roteiro original adaptado da série britânica Angela Black, a nova versão aposta em uma abordagem direta para retratar relações disfuncionais.
Enredo inspirado em série britânica
Ángela é uma adaptação espanhola da série britânica Angela Black, criada por Harry e Jack Williams em 2021. A nova versão foi roteirizada por Sara Cano, Paula Fabra e Leire Albinarrate, com direção de Norberto López Amado.
Na história, Verónica Sánchez interpreta Ángela Rekarte, uma mulher que aparenta levar uma vida tranquila ao lado do marido e das duas filhas. No entanto, essa rotina esconde abusos psicológicos cometidos por Gonzalo, seu esposo, vivido por Daniel Grao.
A trama se desenvolve a partir do momento em que ela conhece Edu, personagem de Jaime Zatarain, que abre brechas para uma mudança em sua realidade, mas o suspense cresce quando ela passa a desconfiar que seus sentimentos estão sendo manipulados e que Edu não é quem diz ser.
O drama se intensifica ainda mais com a presença de Esther, papel de Lucía Jiménez, que ajuda a protagonista a reconstruir sua percepção sobre os acontecimentos ao seu redor.
Abordagem psicológica e estrutura enxuta
A estrutura da minissérie foi pensada para manter o ritmo acelerado e o clima constante de dúvida. Não há espaço para alívios cômicos ou tramas paralelas longas. Cada episódio contribui diretamente para o desfecho, o que torna a experiência mais direta, com foco total na jornada de Ángela.
Apesar de se tratar de uma obra ficcional, o retrato da violência psicológica e da manipulação emocional é conduzido com seriedade. O uso de elementos do suspense não suaviza a temática, mas sim reforça a sensação de cerco vivido pela personagem principal.
A ambientação urbana, somada a uma fotografia fria e a trilha sonora sutil, acentuam o tom opressivo da narrativa. O olhar da direção também evita exageros visuais, favorecendo a atuação e os silêncios, muitas vezes mais reveladores do que os diálogos.
Àngla estreia na Netflix
A produção havia estreado originalmente na plataforma Atresplayer em julho de 2024, com posterior exibição na televisão espanhola. Agora, com a chegada à Netflix, a minissérie ganha audiência internacional e passa a disputar espaço entre os thrillers psicológicos do streaming.
Com isso, Ángela se junta a outras séries europeias que exploram relações disfuncionais sob a lente do suspense. Seu diferencial está no foco restrito, na estrutura contida e na intensidade emocional.
Disponível na Netflix, a minissérie é uma opção para quem busca narrativas mais fechadas e densas. O título já está entre os destaques da semana na plataforma em vários países, incluindo o Brasil.