Na segunda temporada de Andor, uma das surpresas mais discretas foi a reaparição de Bail Organa com um novo rosto. Conhecido como um dos grandes articuladores da Rebelião, o senador de Alderaan voltou às telas interpretado por Benjamin Bratt, substituindo Jimmy Smits.
A decisão chamou a atenção e, embora o impacto inicial da troca tenha causado estranhamento, rapidamente se tornou compreensível diante do contexto.
Segundo o showrunner Tony Gilroy, o motivo da mudança foi prático, pois Jimmy Smits não estava disponível por conta de outros compromissos profissionais. Ainda assim, a equipe tentou viabilizar seu retorno antes de optar pelo recast.
Uma escolha que foge ao uso do CGI
Desde que a Lucasfilm passou para as mãos da Disney, o uso de CGI para recriar rostos de personagens clássicos tem sido frequente, gerando debates acalorados sobre os limites dessa abordagem.
Diferente dessas séries recentes de Star Wars, como O Livro de Boba Fett ou The Mandalorian, Andor evitou o uso de tecnologias de rejuvenescimento ou recriação digital. Em vez disso, optou por um caminho mais clássico.
A escolha de Benjamin Bratt foi acertiva. O ator, conhecido por sucessos como Miss Simpatia e Law & Order, trouxe uma interpretação que resgata todos os aspectos que tornaram o personagem memorável – sobretudo o figurino característico.
Criado em 1977 como parte do núcleo de Leia Organa, Bail só foi mostrado em carne e osso em 2002, em Ataque dos Clones. Interpretado desde então por Jimmy Smits, o personagem reapareceu em A Vingança dos Sith, Rogue One e Obi-Wan Kenobi, sempre como uma figura de princípios e alianças silenciosas.
Com a segunda temporada de Andor se aproximando cada vez mais dos eventos de Rogue One, a inclusão do personagem se tornou quase obrigatória. Seria incoerente construir os bastidores da Rebelião sem envolver um de seus principais arquitetos.
Apesar de aparecer inicialmente em uma breve cena, é possível que sua presença cresça nos próximos episódios lançados semanalmente no Disney+.