Alien: Earth, anunciada como a primeira série da história da franquia, foi lançada com a intenção de revitalizar a saga e conquistar uma nova geração de fãs. Com oito episódios no total, sendo lançados semanalmente no Disney+, a produção vem explorando Wendy, os híbridos conhecidos como Garotos Perdidos, a corporação Prodigy e a chegada dos Xenomorfos à Terra.
De forma surpreendente, a série da FX têm se tornado uma grata surpresa para quem foi conquistado pelo clássico dos anos 1970 dirigido por Ridley Scott. No entanto, o episódio 5 eleva a qualidade a outro patamar e se destaca muito além do que uma simples continuidade desse universo.
Episódio 5 poderia ser um filme
Escondido dentro da temporada, o episódio 5 funcionou como um verdadeiro longa-metragem da saga. Em cerca de uma hora, a produção entregou todos os elementos clássicos do universo Alien, acompanhando os bastidores que levaram à queda da USCSS Maginot no primeiro episódio da série.
A sequência, digna de cinema, introduziu a tripulação da Maginot, desenvolveu seus conflitos internos e, inevitavelmente, liberou um Xenomorfo a bordo. Cada detalhe, desde o design da nave ao ritmo do suspense, evocou a atmosfera criada por Ridley Scott em 1979.
Outro ponto que passa essa sensação, é que, embora conectada ao arco principal, a narrativa teve começo, meio e fim próprios. Isso fez com que o capítulo pudesse ser visto como uma história independente, funcionando quase como um longa paralelo.
Mas vale dizer que, ainda que isso não acontecesse, esse é, de fato, um dos melhores episódios de série lançados em 2025.
Revitalização do universo
Apesar da semelhança com o clássico de 1979, o episódio também trouxe novidades. A tripulação da Maginot não enfrentou apenas um Xenomorfo, mas cinco novas espécies alienígenas introduzidas por Alien: Earth. Entre elas estavam criaturas de aparência ocular e parasitas chamados de carrapatos, que aprofundam a mitologia do universo e aumentam o nível de perigo enfrentado.
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Esses elementos, muito bem introduzidos, ampliaram o suspense da narrativa, criando situações inéditas de tensão mesmo para espectadores já familiarizados com a franquia. O resultado foi uma sensação renovada de perigo, em que nem mesmo escapar do Xenomorfo era garantia de sobrevivência.
Esse, por sua vez, também não foi esquecido. Neste capítulo, o Xenomorfo voltou a assumir seu papel ameaçador, protagonizando uma cena de perseguição que apenas Ripley seria capaz de escapar.
Segundo o showrunner Noah Hawley, a intenção era capturar a essência de Alien: O Oitavo Passageiro. A fidelidade à atmosfera do filme de 1979, combinada com ideias novas, mostrou o quanto a equipe entende o legado da franquia, e por isso tem sido bem-sucedida em sua missão. O episódio é, em muitos aspectos, uma homenagem declarada ao início de tudo.
Um dos melhores capítulos da saga
Para muitos fãs, esse foi um dos momentos mais marcantes desde o primeiro filme. Enquanto outras produções oscilaram entre repetir fórmulas, se distanciar demais da proposta original, ou perder o clima criado por Scott, o episódio conseguiu equilibrar tradição e inovação, entregando uma produção digna do universo do diretor.
Com a claustrofobia dos corredores da Maginot, as ameaças inéditas e a presença do Xenomorfo, Alien: Earth entregou, em apenas uma hora, um dos “filmes” mais impactantes de toda a saga. Uma prova declarada de que a série pode expandir o universo sem perder a essência que tornou Alien tão icônico.
Alien: Earth está disponível no Disney+, com novos episódios às terças-feiras.
