Mesmo com o fim da história original, Alice in Borderland ainda tem muito a oferecer. Com a terceira temporada oficialmente confirmada, a expectativa em torno dos novos rumos da série é grande, principalmente porque o mangá de Haro Aso, que serviu de base para as duas primeiras fases da trama, já foi completamente adaptado.
O encerramento da segunda temporada deixou uma carta na manga – literalmente. A aparição do coringa no último episódio abriu caminho para interpretações variadas e teorias que tentam antecipar os próximos passos. A dúvida agora é: com o material original encerrado, de onde virá o conteúdo para a nova fase?
O papel do Coringa e o futuro da trama
No mangá, a carta do coringa representa uma figura enigmática que ajuda Arisu a retornar ao mundo real. Ele não participa diretamente dos jogos nem se comporta como um vilão tradicional. No entanto, a série da Netflix já demonstrou que não tem medo de se afastar da obra original quando preciso. Isso abre espaço para que o coringa ganhe um novo significado, talvez se tornando um personagem responsável por um novo conjunto de desafios.
Com essa liberdade criativa, a terceira temporada pode explorar regras diferentes, jogos mais letais e uma mitologia expandida do Borderland. Ao ampliar o papel do coringa, a série pode se aprofundar no funcionamento do universo, algo que o mangá apenas sugeriu. Isso permitiria que a narrativa mantivesse a tensão e o ritmo mesmo sem seguir um roteiro já conhecido.
Outra possibilidade é o aproveitamento de Alice in Borderland: Retry, mangá derivado que mostra Arisu retornando ao Borderland após um grave acidente. Apesar de ser uma sequência direta, Retry é curto, com apenas 13 capítulos, o que tornaria inviável uma adaptação fiel sem grandes expansões na trama.
Caso a Netflix opte por usar o magá como base, será necessário desenvolver arcos paralelos, novos personagens e desafios originais. A estrutura desse spin-off pode funcionar como ponto de partida para uma história mais ampla, com o coringa servindo como elo entre as duas versões do Borderland e abrindo um novo ciclo de jogos.
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Vale lembrar que também existe Alice in Border Road, outro mangá derivado, mas com personagens diferentes e pouca conexão com Arisu. Por isso, essa opção parece menos provável, ao menos em uma fase inicial. Apostar em Retry ou em um enredo original parece mais coerente com a direção que a série tem tomado.
Possíveis rumos para a terceira temporada
A depender do caminho escolhido, a terceira temporada pode servir tanto como um reinício quanto como uma continuação direta. Se houver um salto temporal, como sugerido pelo visual mais maduro de Arisu no teaser, a narrativa pode assumir um tom mais introspectivo, explorando as conseqüências psicológicas da passagem pelo Borderland.
Ainda assim, o estilo de Alice in Borderland dificilmente abrirá mão de suas sequências de tensão e de suas provas complexas. Seja qual for o formato, os jogos devem continuar sendo o centro da trama, mas com desafios possivelmente mais simbólicos ou filosóficos.
Independentemente da fonte usada para a nova temporada, o desafio da Netflix é equilibrar a originalidade com a identidade que fez da série um sucesso. A terceira temporada precisa manter a essência dos jogos, dos dilemas morais e da construção de personagens, mesmo que trilhe caminhos inéditos.
Alice in Borderland está disponível na Netflix.
