A terceira temporada de Alice in Borderland chegou ao catálogo como um dos lançamentos mais aguardados do ano. Depois de duas fases que adaptaram de perto o mangá de Haro Aso, a produção japonesa assumiu a tarefa de avançar para além da obra original.
Com isso, os novos episódios não apenas retomam a trajetória de Arisu e Usagi, mas também exploram questões ainda não solucionadas desde a primeira temporada. O resultado é um desfecho que mistura esperança e tragédia, com direito a uma reviravolta que pode mudar para sempre o rumo da franquia.
O retorno ao Borderland
A temporada começa com um salto temporal que mostra Arisu e Usagi vivendo como casal após os acontecimentos da segunda fase. A aparente tranquilidade é abalada quando Usagi cai em uma armadilha de Ryuji, um estudioso obcecado pelo pós-vida, e é levada de volta ao Borderland.
Ryuji age em conluio com Banda, que se tornou cidadão no final da segunda temporada. O plano era atrair Arisu de volta para transformar sua permanência em um novo espetáculo dentro do mundo entre a vida e a morte. Para isso, Usagi seria sacrificada, forçando Arisu a escolher permanecer.
A luta contra Banda e Ryuji
Mesmo diante dessa conspiração, Arisu consegue desafiar as probabilidades e salvar Usagi. O casal retorna ao mundo real, aparentemente prontos para iniciar uma vida nova. Porém, as pistas deixadas pelo chamado “Homem do Chapéu” revelam que uma catástrofe global se aproxima.
De volta ao Japão, a narrativa mostra terremotos e notícias sobre mudanças sísmicas ao redor do planeta, confirmando a previsão do guardião do Borderland. A ameaça sugere que milhares de novas almas em breve seriam puxadas para aquela dimensão.
O verdadeiro papel do Coringa
O encontro de Arisu com o Homem do Chapéu adiciona novas camadas ao mistério do Coringa. Diferente do que muitos acreditavam, ele não é o mestre dos jogos, mas um guardião que teme a morte tanto quanto os jogadores.
Sua explicação sobre as cartas conecta o baralho ao calendário humano, mostrando que o Coringa é apenas um símbolo da imprevisibilidade da vida.
Esse detalhe ressignifica a importância da carta e reforça que o poder no Borderland não está concentrado em uma figura divina, mas em algo muito mais conceitual.
As motivações de Banda e a redenção de Ryuji
Banda, sempre em busca de tornar o Borderland mais interessante, manipula Ryuji explorando sua culpa por ter perdido um aluno em um experimento. A promessa de acesso ao além foi o suficiente para atraí-lo, mas ao longo da temporada Ryuji hesita em levar o plano adiante.
Duas vezes ele tem a chance de matar Usagi e falha, percebendo que sacrificar vidas pela busca do conhecimento apenas repetiria seus erros do passado. Essa virada reforça a diferença entre ambição cega e responsabilidade.
O reencontro com personagens queridos
Em um dos momentos mais simbólicos, Arisu aparece como conselheiro e interage com pacientes que se revelam antigos companheiros dos jogos. Kuina, Aguni, Akane, Niragi e Chishiya retornam em uma cena nostálgica que homenageia a trajetória de todos os personagens que marcaram a série.
Ann, que já tinha destaque nas temporadas anteriores, desempenha papel fundamental ao ajudar Arisu a resistir a Banda, consolidando-se como uma das figuras centrais no desfecho.
Um final aberto para o futuro
Quando tudo parece caminhar para um encerramento otimista, o roteiro apresenta duas reviravoltas: a iminente catástrofe global e a cena final em um restaurante nos Estados Unidos, onde uma garçonete chamada Alice surge. Essa revelação sugere que a narrativa pode se expandir para além do Japão.
O detalhe abre espaço para um possível quarto ano ou até um spin-off, com a introdução de uma nova protagonista em outro país. O futuro da franquia, portanto, permanece em aberto.