Entenda

Alice in Borderland: Netflix não deve permitir que a 3ª temporada cometa o mesmo erro de Round 6

Nova fase da trama precisa se diferenciar de escolhas controversas vistas em outras produções

Alice in Borderland: Netflix não deve permitir que a 3ª temporada cometa o mesmo erro de Round 6

Depois do enorme sucesso de suas duas primeiras temporadas, Alice in Borderland retorna em breve para sua terceira fase. O anúncio foi recebido com entusiasmo, mas também com receio por parte do público, principalmente após a repercussão negativa do desfecho de Round 6, outro fenômeno global da Netflix. A comparação entre as duas produções é inevitável, já que ambas compartilham a premissa de jogos de sobrevivência, ainda que construídas em contextos e estilos diferentes.

Enquanto Round 6 apostou em um final polêmico, envolvendo a inclusão de um bebê como elemento central da trama, Alice in Borderland deve evitar repetir um caminho semelhante. O trailer da nova temporada chegou a mostrar uma rápida cena em que Arisu e Usagi seguram uma criança, o que levantou suspeitas de que a série poderia adotar solução parecida com a de Round 6. No entanto, as diferenças entre as produções deixam claro que esse não deve ser o caso.

Diferenças entre Alice in Borderland e Round 6

Apesar de dividirem a temática da sobrevivência, as duas séries nascem de origens distintas. Alice in Borderland adapta o mangá de Haro Aso, explorando um mundo paralelo entre a vida e a morte, enquanto Round 6 foi concebida como uma criação original sul-coreana, inspirada em questões sociais e econômicas.

Em Alice in Borderland, Arisu e os demais personagens são jogados contra sua vontade no Borderland após um desastre em Tóquio. Já em Round 6, Gi-hun e os outros competidores aceitam participar do torneio em troca de dinheiro, ainda que sem conhecer totalmente as consequências.

O risco da repetição

Se a Netflix optasse por transformar a paternidade em um elemento central, como fez com Round 6, correria o risco de perder parte do público já insatisfeito com soluções fáceis ou apelativas. Felizmente, tudo indica que a aparição do bebê no trailer de Alice in Borderland não passa de um recurso narrativo para instigar teorias e discussões.

A imagem pode simbolizar uma memória, um delírio ou até mesmo uma armadilha criada pelo Coringa, figura apresentada como novo antagonista. Essa escolha seria coerente com a natureza da série, que frequentemente utiliza ilusões e reviravoltas para confundir os personagens e o público.

O que esperar da 3ª temporada

O novo ano da série japonesa será ambientado alguns anos após os eventos anteriores, trazendo Arisu e Usagi como um casal já consolidado. O enredo revelado até agora aponta que Usagi será levada de volta ao Borderland por um misterioso estudioso obcecado pelo pós-vida, obrigando Arisu a retornar ao jogo para resgatá-la.

Além do casal, estão confirmados outros personagens conhecidos, como Banda, agora um cidadão do Borderland, Ann e Yaba. A presença desses nomes reforça a continuidade da narrativa, ao mesmo tempo que o trailer indica um aumento nas apostas e no nível de tensão dos desafios.

Caminho original e expectativas

Ao contrário de Round 6, cuja terceira temporada acabou vista como um retrocesso, Alice in Borderland tem a chance de se consolidar ao investir em soluções criativas. Com base no que foi revelado até agora, o foco deve permanecer na tensão psicológica e desenvolvimento dos personagens.

A expectativa é que a terceira temporada explore não apenas os novos desafios do Borderland, mas também as consequências emocionais do retorno dos protagonistas a esse universo.

Com estreia marcada para setembro de 2025, Alice in Borderland tem diante de si a oportunidade de reforçar seu espaço como uma das produções mais envolventes da Netflix.