
A Apple TV+ deu o pontapé inicial em mais uma série original, desta vez adaptando uma das sagas mais premiadas da ficção científica moderna.
Misturando humor, ação e uma dose inesperada de existencialismo, Murderbot ou Diários de um Robô-Assassino chega ao streaming com a promessa inusitadada de entregar um novo tipo de protagonista para o gênero: um robô letal que só quer assistir às suas novelas favoritas.
Com dois episódios já disponíveis e lançamentos semanais todas as sextas-feiras, a série adapta os livros de Martha Wells. Criada por Chris e Paul Weitz, a obra tem Alexander Skarsgård como protagonista e produtor executivo.
Um robô autoconsciente e apaixonado por novelas futuristas
Na trama, Skarsgård interpreta a Unidade de Segurança 238776431, um andróide de combate que hackeia o próprio sistema para escapar do controle de seus criadores.
Ao conquistar autonomia, ele passa a viver sob o nome Murderbot e segue trabalhando como guarda-costas para humanos, mas com uma agenda muito pessoal: assistir sem interrupções à novela futurística “The Rise and Fall of Sanctuary Moon”.
Apesar de ter um arsenal embutido e um histórico de combate, Murderbot quer apenas evitar contato social e viver em paz. A série, porém, o coloca em situações complexas quando ele é designado para proteger uma equipe de cientistas da Aliança de Preservação. O grupo é liderado pela Dra. Ayda Mensah, papel de Noma Dumezweni.
Adaptação fiel ao material original
Conhecida pela linguagem sarcástica e introspectiva, a obra de Martha Wells se destaca pelo monólogo interno do protagonista. A série reproduz essa característica com narrações em off, mantendo o tom cômico e analítico do personagem. A autora participa do projeto como consultora, colaborando para que a essência da obra original fosse mantida.
A direção dos episódios fica por conta de Chris Weitz, Paul Weitz, Toa Fraser, Aurora Guerrero e Roseanne Liang. A primeira temporada terá 10 episódios com durações entre 22 e 29 minutos.
A performance de Skarsgård, por sua vez, foi destacada pelos críticos como um dos principais trunfos da série. Com um estilo que combina frieza robótica e vulnerabilidade emocional, o ator consegue transmitir os dilemas internos do personagem de forma envolvente.
A série discute questões como livre-arbítrio, empatia artificial e a pressão das corporações sobre os indivíduos, ainda que envoltas em cenas de humor e ação acelerada.
Com uma proposta que foge do clichê e uma narrativa que equilibra reflexão e entretenimento, Murderbot chega ao streaming como uma aposta ousada da Apple TV+.