Se você terminou Monstro: A História de Ed Gein e ficou com aquele vazio sombrio, relaxa: a Netflix está cheia de séries que exploram a mente de assassinos, o peso da investigação e o lado mais inquietante da natureza humana.
LEIA TAMBÉM
Prepare-se, porque essas 7 produções vão te fazer repensar o que te fascina tanto nesses monstros. O desafio?! Assistir sem piscas.
Mindhunter
Baseada em casos reais, Mindhunter acompanha dois agentes do FBI nos anos 1970, quando o termo “serial killer” ainda nem existia. Eles entrevistam assassinos presos para tentar descobrir padrões, estudando mentes que ninguém ousava encarar. E cada conversa é mais perturbadora que um crime em si.
A série, produzida por David Fincher, é fria, tensa e visualmente impecável. Ela mostra o início da psicologia criminal moderna, enquanto os próprios agentes começam a se transformar pelo que escutam. O resultado é um suspense inteligente e hipnótico, que prende sem precisar de sangue.
Ripley
Em Ripley, Andrew Scott vive um golpista talentoso que se infiltra no mundo da elite italiana nos anos 60. Fingindo ser outra pessoa, ele começa uma vida de luxo, manipulação e crime.
A beleza visual esconde uma história sobre ambição e inveja. Ripley é o tipo de personagem que a gente odeia admirar, inteligente, elegante e sem culpa alguma. Uma série sofisticada, lenta e irresistivelmente perigosa, que mostra que o verdadeiro golpe é o emocional.
Dahmer: Um Canibal Americano
Dahmer reconstitui a vida de Jeffrey Dahmer, um dos serial killers mais famosos dos EUA. A série explora sua infância difícil, o primeiro assassinato, a escalada de crueldade e o mundo disfuncional que cultivou ao longo dos crimes. É um olhar sem filtro, mas não sensacionalista.
A sensação é de estar dentro da mente de um predador: claustrofobia, tensão e repulsa misturadas o tempo todo. A interpretação cria empatia desconfortável, você entende como ele pensa, sem desculpar. É dolorosamente fascinante, e vai te fazer querer, e temer, mais.
Corpos
Em Corpos, quatro detetives de épocas diferentes, 1890, 1941, 2023 e 2053, encontram o mesmo corpo, no mesmo lugar, em Londres. A partir daí, o mistério vira uma trama que mistura crime, ficção científica e viagem no tempo de forma brilhante.
Cada linha temporal tem seu tom, seus segredos e seus choques morais. A série costura tudo com um ritmo de thriller policial e reflexões sobre culpa, destino e repetição. Corpos é daquelas histórias que você termina e quer discutir por horas, inteligente e viciante.
Signal
Em Signal, um detetive do presente encontra um rádio antigo que se conecta com um policial dos anos 1980. Juntos, eles tentam resolver assassinatos não solucionados, incluindo casos de serial killers baseados em fatos reais. É uma história de crime e destino, cheia de emoção.
O que começa como um mistério policial vira uma trama sobre arrependimento e segunda chance. Signal entrega suspense, lágrimas e reviravoltas de arrepiar. A conexão entre os personagens é intensa, e o ritmo, típico dos dramas coreanos, deixa o espectador sem fôlego até o fim.
O Paraíso e a Serpente
Baseada em fatos reais, O Paraíso e a Serpente acompanha Charles Sobhraj, um criminoso que seduzia e matava viajantes na Ásia nos anos 70. A série mostra como ele enganava vítimas, autoridades e até amigos, criando uma rede de manipulação que parece ficção.
Tahar Rahim está brilhante no papel do assassino, equilibrando charme e crueldade com perfeição. A fotografia é deslumbrante e o clima, sufocante. O Paraíso e a Serpente é o tipo de série que faz o coração disparar e o estômago revirar, impossível pausar.
Delhi Crime
Baseada em um caso real que chocou a Índia, Delhi Crime acompanha a equipe policial que investigou um crime brutal em Nova Déli. Em vez de glamourizar o horror, a série mostra a exaustão, o desespero e o peso de buscar justiça num sistema falido.
A protagonista, interpretada por Shefali Shah, é o coração da história: humana, falha, mas determinada. Cada episódio é carregado de tensão e empatia. Delhi Crime é dura, necessária e extremamente real, uma lembrança de que nem todo monstro é uma invenção de roteiro.
